No último sábado, o Grêmio encarou o Real Madrid na decisão do Mundial de Clubes e foi derrotado por 1 a 0. Após o duelo, jogadores e o técnico Renato Gaúcho adotaram o discurso do “saímos de cabeça erguida”, “derrota com dignidade”, “enfrentamos uma seleção”, “orgulho de ser brasileiro” e “a torcida precisa ter orgulho da nossa equipe”.
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É claro que o torcedor gremista tem orgulho do seu time. Afinal, há menos de um mês, o Tricolor vencia o Lanús em La Fortaleza e ficava com o título da Libertadores da América pela terceira vez em sua história.
A questão que fica para a reflexão do Mundial de Clubes é o futebol apresentado diante do Real Madrid. Será que podemos nos contentar com apenas um chute ao gol do campeão sul-americano ao longo de 90 minutos?
A qualidade do Real é incontestável. Além do conjunto recheado de estrelas, o tal do Cristiano Ronaldo precisa de apenas um lance para decidir a partida a favor do time Merengue.
O papel do Grêmio era extremamente complicado, porém, a equipe precisava apresentar mais. Entre seus jogadores, Luan foi o que mais deveu. Visivelmente nervoso, o camisa 7 preferia enfeitar suas jogadas e prendia a bola o máximo possível. Quando resolvia jogar fácil errava.
Cabe ao futebol brasileiro se reinventar. A cada ano que passa o nível do nosso principal campeonato cai e os campeões são cada vez mais contestados. A prova da baixa qualidade foi essa temporada, onde o Corinthians teve um aproveitamento sensacional na primeira metade e depois pediu desesperadamente para alguém tomar o título no segundo turno, com derrotas e empates em jogos considerados fáceis.
É extremamente importante ao futebol tupiniquim uma mudança o quanto antes. Não podemos nos contentar com as “derrotas dignas”. O nosso futebol agoniza e temos a necessidade de voltar a conviver com as “vitórias heroicas”.