Nessa segunda-feira (21) completam, desde o anúncio oficial do Grêmio a respeito da contratação, exatos 560 dias desde que o meia-atacante Miller Bolaños é atleta do clube gaúcho.
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Que a adaptação do jogador poderia não ser fácil ao futebol brasileiro é algo compreensível, afinal a mesma situação já ocorreu com outros atletas sul-americanos. Porém, mediante a expectativa criada em seu entorno na chegada a Porto Alegre, certamente ninguém esperava que os obstáculos seriam tamanhos.
Nos números, se enxergava um verdadeiro goleador de 60 gols em 96 jogos, titularidade absoluta no Emelec, títulos nacionais em sequência e também muita moral quando convocado a seleção equatoriana.
A apresentação do atleta, com a representatividade que tinha, chegou a ser tratada até mesmo como ótima no aspecto da divulgação do programa de sócio-torcedor do Grêmio que, a época, queria ultrapassar a marca dos 100 mil associados. Hoje, o clbe conta com mais de 120 mil sócios.
No entanto, depois disso, começaram os altos e baixos.
Logo no seu primeiro Grenal, o envolvimento em uma ríspida dividida com o então lateral Colorado Willian resultou em uma cotovelada no rosto de Bolaños que, a partir dos exames posteriores, constatou-se uma fratura na mandíbula do jogador que ficou um mês e meio afastado.
Depois disso, uma nova lesão (dessa vez no púbis), afastou o equatoriano novamente dos gramados e, em decorrência disso, o ano de Bolaños, mesmo em grande parte comprometido, acabou tendo o saldo final de sete gols em 28 jogos.
Em 2017, parecia que a temporada seria totalmente diferente e os primeiros passos deram a entender isso já que, em 18 jogos, Miller já alcançou um gol a mais do que em seu ano de estreia. Porém, surgiram novos problemas.
Além do problema muscular em abril que fez o meia-atacante perder ainda mais ritmo de jogo e espaço dentre as opções de Renato Portaluppi, o atleta sequer vem sendo colocado entre os relacionados nos últimos jogos mesmo sem qualquer problema clínico relacionado ao preparo físico.
Na entrevista coletiva do último domingo após o embate diante do Atlético-PR, Renato chegou a dar uma declaração forte sobre o assunto:
“O Bolaños precisa se ajudar. Precisa mudar conceitos. Chances sempre dei para ele. Conversei com ele para vir para a concentração, mas ele não está com a cabeça boa… Vou fazer o que? O Gastón (Fernández) até pouco tempo atrás não estava com a cabeça boa, também. Se ele não está se sentindo bem, esse problema está com a diretoria. É impossível eu não recuperar um jogador. Desde que ele queira.”
Com isso, a situação de Miller Bolaños no momento é absolutamente incerta, tendendo, de acordo com as informações, mais a uma saída melancólica do atleta do clube do que uma recuperação imediata.