Diante do trágico cenário vivido no estado do Rio Grande do Sul, diferentes integrantes do futebol brasileiro manifestam o desejo de paralisação das competições nacionais. Atualmente, apenas os clubes gaúchos tiveram suas partidas adiadas em torneios tanto no Brasil como na América do Sul.
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Desse modo, o advogado desportivo Fernando de Castro Neves fez uma análise sobre quais seriam os procedimentos para avançar em uma possível pausa. Algo que, no aspecto legal, é uma prerrogativa pertencente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Apesar do aspecto humanitário, Fernando faz o alerta de como tal decisão tem impacto financeiro em diferentes fontes de renda para os clubes. Algo que, inegavelmente, torna tal decisão mais complexa de atingir maioridade dentre os agentes com poder de decisão.
“A decisão de paralisar o campeonato em decorrência de eventos como enchentes é uma prerrogativa da CBF, entidade organizadora do torneio. No entanto, também é importante considerar o impacto financeiro que essa medida pode ter sobre os clubes, jogadores e demais envolvidos. Com o campeonato suspenso, há uma queda na receita, incluindo renda de jogos, prêmios e até mesmo patrocínios que podem ser afetados por essa situação imprevista.”
Finanças x responsabilidade social do futebol brasileiro
Em sua opinião, Fernando de Castro Neves avalia os interesses relacionados ao bem-estar e de responsabilidade social como algo que precisa ultrapassar possíveis interesses financeiros no futebol brasileiro.
“É crucial ponderar sobre qual deve prevalecer. Em situações como essa, o bem-estar e a segurança das pessoas devem ser priorizados, mesmo que isso implique em desafios financeiros adicionais para os envolvidos no campeonato. Diante desse cenário complexo, a decisão sobre a paralisação do Campeonato Brasileiro recai não apenas sobre questões legais e organizacionais, mas também sobre a responsabilidade social e o cuidado com as comunidades afetadas por eventos como enchentes”, concluiu.
