*Por Agência Conversion
Com a chegada de Vítor Pereira ao Corinthians, o Brasil se tornou o segundo país com mais treinadores portugueses no comando de clubes no país, ficando atrás somente da sua nação de origem, Portugal. Com o sucesso de Jorge Jesus em sua passagem pelo Flamengo e de Abel Ferreira no Palmeiras, os times nacionais estão cada vez mais apostando em uma comissão técnica estrangeira, dando preferência aos portugueses.
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Não é de agora que os lusos vêm fazendo história no futebol brasileiro, mas foi em 2019 que se tornaram verdadeiras “estrelas”. Apesar de ter ficado apenas um ano no comando do Flamengo, Jorge Jesus liderou a equipe a diversos títulos, incluindo o mais importante do continente, a Libertadores. Também teve a oportunidade de disputar o Mundial de Clubes, onde acabou sendo derrotado pelo Liverpool.
O Flamengo precisou abrir mão de Jorge Jesus com a sedutora proposta do Benfica, mas não de Portugal já que, após as passagens de Rogério Ceni e Renato Gaúcho, em dezembro de 2021 anunciou seu novo (e atual) técnico: Paulo Sousa.
Com Abel Ferreira, que segue na liderança do Palmeiras, o sucesso não está sendo diferente. Com apenas três meses no comando, havia garantido ao Verdão duas edições da Libertadores além de uma Copa do Brasil e uma Recopa Sul-Americana. Abel também não teve tanto sucesso no Mundial de Clubes, mas já conquistou um lugar de respeito e, ao que tudo indica, terá novas chances de levar o Palmeiras à grandeza tão obsessionada pelo clube.
Diante disso, podemos notar que as últimas três edições da Libertadores foram vencidas por times brasileiros sob comando de um técnico português. Isso está levando várias outras equipes a apostarem alto nessa nova tendência. Algo que, naturalmente, também inclui outras vantagens como a facilidade de adaptação do profissional em solo brasileiro (por causa do idioma) e suas comissões técnicas mais robustas, com preparador físico, profissionais formados na faculdade de fisioterapia, e outros.
Alguns especialistas não acham tão prudente essa confiança cega em técnicos lusitanos. Já existe um histórico de portugueses que não conquistaram nada sob o comando de times brasileiros (Paulo Bento, no Cruzeiro, e Jesualdo Ferreira, no Santos, por exemplo), demonstrando que essa não é uma fórmula necessariamente infalível. Os sucessos de Jorge Jesus e Abel Ferreira são casos isolados e que também foram determinantes graças a um conjunto de fatores, não exclusivamente ligados a metodologia lusa de se treinar uma equipe.
