527 partidas disputadas, 62 gols e 12 títulos durante dez temporadas. Essas são as estatísticas que colocam o ex-lateral esquerdo Roberto Carlos como um dos nomes mais importantes na história do Real Madrid. Uma história, aliás, que teve seu primeiro “flerte” e a confirmação da chegada do então jogador da Inter de Milão à Espanha em apenas 24 horas segundo relatou o ex-técnico Fabio Capello.
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Falando com a Sky Sports, Capello contou que ficou bastante surpreso quando soube, em primeira mão, que o clube milanista não apenas desejava vender o atleta como já tinha fixado um preço considerado como acessível.
Segundo a justificativa dada para ele na época de quem pontuou sobre a possível negociação, Roberto Carlos tinha dificuldade de marcação, algo bastante prezado no futebol italiano para as funções de um jogador da linha mais defensiva. Por parte do jogador, ele tampouco estava feliz na época, especialmente quando chegou a ser escalado como meia-atacante e até mesmo atacante, algo que ele não tinha interesse pensando também em convocações para a Seleção Brasileira.
“Eu não acreditava. Quando Branchini (Giovanni, famoso empresário italiano) me disse que estavam a ponto de vender Roberto Carlos, me perguntei: ‘Como a Inter vai vender o Roberto Carlos?’ Como eu não acreditei, me enviaram um fax com o preço já fixado e não era uma soma inquestionável, então chamei o presidente do Real Madrid (Lorenzo Sanz) e disse para ele voar direto para Milão. Falei para ele que, quando fosse difundida a notícia da venda do brasileiro, todos os times da Itália iriam se interessar”, detalhou o comandante do Real entre 1996 e 1997 além de uma segunda passagem entre 2006 e 2007.
“A Inter não entendia que o Roberto Carlos era um grande jogador e às 11 (horas) o contrato já estava pronto, em menos de 24 horas. Disseram que não podia marcar. Ataque o rival, lance uma bola e você verá quem chega primeiro. Foi o Hodgson (Roy, ex-técnico da Inter)? Sim, eu sei que foi o Hodgson”, completou.