Com muita eficácia, Independiente del Valle vence Boca de novo e vai a final da Libertadores

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Foto: Arte Futebol Latino

Mais um capítulo especial da rica história da Copa Libertadores foi feita na noite dessa quinta-feira (14) na La Bombonera, em Buenos Aires. Jogando como visitante e estando em desvantagem logo no princípio, o Independiente del Valle conseguiu a virada, derrubou o tradicional Boca Juniors por 3 a 2 e vai pela primeira vez a uma decisão dessa dimensão em seus 58 anos de existência.

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A partida mal havia começado na La Bombonera e a famosa pressão da torcida argentina aliada ao ímpeto do Boca deram resultado aos três minutos, quando o jovem Christian Pavón recebeu um ótimo cruzamento de Frank Fabbra e tocou na saída de Librado Azcona para a abertura do marcador e, consequentemente, o tento que bastava ao time mandante para ir a grande decisão.

Ainda aos nove minutos, depois de um escorregão bem próximo a grande área do lateral-esquerdo do Independiente del Valle, Luis Ayala, novamente Pavón ficou nas imediações da área adversária mas, ao tocar a bola para Carlitos Tévez, que entrava em liberdade pelo meio, o passe saiu muito forte e permitiu a recuperação do lance por parte do goleiro Azcona.

Com uma ausência de ação efetiva principalmente dos três jogadores mais perigosos dos equatorianos (Junior Sornoza, Bryan Cabezas e José Angulo), a partida era muito bem controlada pelo Xeneize que, com um campo em condições de gramado bem melhores que as várias imperfeições de dois meses atrás, trocava passes com muita propriedade e parecia mais próximo do segundo gol do que de sofrer o primeiro.

Entretanto, o que parecia absolutamente improvável aconteceu. Após a cobrança de escanteio vinda da esquerda efetuada por Sornoza, a bola desviou no zagueiro do Boca, Juan Insaurralde, e sobrou limpa para o defensor equatoriano Luis Caicedo na marca do pênalti e, batendo de chapa, o camisa 3 do time visitante igualou o placar em Buenos Aires.

O gol pareceu apenas um evento totalmente separado dentro da primeira etapa, já que a superioridade em volume de jogo seguiu com os mandantes que, com Tévez, chegou a finalizar no travessão de Azcona, mas não furou o bloqueio do oponente.

Se na primeira parte do duelo a dominância do Boca foi absoluta, os 45 minutos finais começaram com duas estocadas do del Valle e dois gols. Aos três, Cabezas aproveitou a bola muito bem escorada e, vencendo na velocidade a defesa argentina, tocou na saída de Agustín Orión. Orión que, aos cinco minutos, protagonizou uma verdadeira lambança que deu origem ao terceiro gol do time de Sangolquí.

Após tentar tocar a bola para Insaurralde estando fora da grande área, um erro na execução da jogada deixou a bola nos pés de Julio Angulo que, com a bola nos pés, só teve o trabalho de tocar por baixo do goleiro xeneize e ver ela correr mansa para a rede do adversário e silenciar por um breve momento a La Bombonera.

Como se não bastasse tudo favorecendo os comandados de Pablo Repetto, a equipe argentina ainda teve uma penalidade que foi cobrada por Nicolás Lodeiro e prontamente defendida por Azcona. O Boca ainda chegou a marcar com Pavón aos 45, mas foi apenas uma questão de passar o tempo até o apito final que concretizou a grande façanha do time do Equador.

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