A pedido da Futebolistas Agremiados da Bolívia (Fabol), órgão que funciona como um sindicato nacional dos atletas, três operações financeiras envolvendo a Federação Boliviana de Futebol (FBF) serão investigadas para esclarecimentos sobre a comprovação da procedência das movimentações.
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Quem anunciou a investigação solicitada pela Fabol foi o deputado e vice-presidente da Brigada Parlamentar Cruzenha, Ronaldo Cuéllar, acrescentando que atos de corrupção “não serão permitidos no futebol boliviano”.
A ideia de Cuéllar é de apresentar as provas para a Comissão de Justicia e também a Comissão de Saúde e Esportes nessa quarta-feira (20) entendendo que o assunto “é de interesse nacional”.
As operações tratadas como suspeitas se referem a compra de um terreno de quatro hectares no valor de 2,8 milhões de dólares (equivalente a R$ 14,8 milhões na atualidade) para a construção de um centro de alto rendimento batizado de Casa de La Verde, o repasse de verbas da FBF para o San José por conta da qualificação a Libertadores 2020 além do repasse de verbas a pessoas que não estão ligadas ao futebol.
No caso da compra do terreno, o valor foi considerado alto demais para a aquisição, levantando a hipótese de superfaturamento. Já no caso envolvendo o San José, apenas 500 mil dólares (R$ 2,6 milhões) da premiação original de 1,2 milhão de dólares (R$ 6,3 milhões) teriam sido repassados, totalizando uma quantia a ser justificada pelo não direcionamento de 700 mil dólares (R$ 3,7 milhões).
Pensando nos pagamentos sem suporte de relação entre os recebedores e trabalhos no mundo do futebol, a quantia dos cheques creditados chegaria na casa dos 633 mil dólares, cotados na atualidade em R$ 3,3 milhões.
