Mais uma vez a Argentina chegou a uma Copa América considerada favorita ao título e saiu da competição decepcionada e machucada com o resultado. Como se não bastasse mais um vice-campeonato e uma série de cobranças em cima dos jogadores, a albiceleste foi pega de surpresa com o adeus de Lionel Messi da seleção.
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Análise FL: Chile e seu crescimento quando a competição “pediu”
Se pegarmos a competição no geral, o desempenho da equipe de Tata Martino foi bem aceitável. Na estreia contra o Chile, uma partida excelente dos argentinos com Di María comandando o setor ofensivo e garantindo uma vitória sem sustos.
Nos outros dois jogos do grupo vitórias tranquilas diante do Panamá e Bolívia. Inclusive contra os bolivianos, a Argentina matou o confronto ainda na primeira etapa. Parecia que desta vez, com o Brasil fora na fase de grupos e com o Chile, atual campeão, sofrendo para vencer de adversários mais fracos, a equipe liderada por Messi e companhia iria acabar com o jejum de 23 anos.
Na segunda fase o adversário foi a surpreendente Venezuela e mais uma vez um passeio argentino. A Argentina jogou com autoridade e goleou a Vinotinto por 4 a 1 deixando ainda mais esperançosa a torcida.
Na semifinal um duelo que parecia ser encardido diante dos donos da casa, mas que foi extremamente fácil. O técnico Tata Martino parecia ter encontrado o jeito ideal da seleção argentina jogar e Messi simplesmente destruiu. Além de uma atuação extraordinária, fez um golaço de falta ao acertar o ângulo de Guzan, 4 a 0 contra os Estados Unidos.
A expectativa pelo título aumentava a cada momento e o grande dia de soltar o grito de campeão chegou. Contra uma seleção chilena que vinha crescendo durante a competição e que havia perdido na primeira rodada para a própria Argentina, a torcida albiceleste confiava na vitória e na redenção de Messi, que é constantemente cobrado e comparado a Maradona, mas que precisava de uma conquista para entrar na história da seleção.
O jogo foi duro como é uma final de campeonato e Lionel Messi não fugiu da responsabilidade. A Argentina foi bem em alguns momentos da partida e teve por duas vezes a bola do jogo, mas Higuaín e Aguero desperdiçaram. Nos pênaltis, o jejum dos 23 anos pesou nas costas de Biglia e do principal astro, Lionel Messi, que isolou a bola nas arquibancadas do estádio.
Após a confirmação do título chileno, Messi chorou muito e na saída do estádio anunciou sua aposentadoria da seleção. Tudo indica que outros jogadores renomados como, por exemplo, Mascherano, Biglia e Higuaín podem deixar a seleção por conta da decepção. Mas a torcida espera que seus jogadores honrem a camisa do país e que continuem na luta para acabar com esse incômodo jejum.
As Eliminatórias estão a todo vapor e a Argentina precisa de seus craques para se garantir na Copa do Mundo da Rússia e quem sabe, em 2018, acabar com a seca e gritar: É CAMPEÃO!