O roteiro de uma partida final com imensa carga de emoção, sendo conduzida até as penalidades entre Argentina e Chile pela Copa América Centenário, ficou muito semelhante ao que aconteceu com essas mesmas equipes na decisão do ano passado. E, no resultado final, o campeão também se repetiu com a vitória da Roja.
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Aproveitando a saída de bola, a primeira chance da partida foi da seleção argentina logo aos 20 segundos em um chute forte do volante Éver Banega, que passou levando perigo do lado direito do gol de Claudio Bravo.
Apesar da posse de bola estar em nível de equilíbrio bem parelho, quem realmente conseguiu ser mais perigoso durante a primeira etapa foram os comandados de Gerardo Martino, trabalhando principalmente a roubada de bola e a rápida transição ao campo de ataque algo que, invariavelmente, surpreendia de maneira mal postada a defensiva chilena.
Foi justamente dessa maneira que, aos 22 minutos, o atacante da Albiceleste, Gonzalo Higuaín, aproveitou para roubar rapidamente a bola em um erro do zagueiro Gary Medel para ficar frente a frente com Bravo, mas tocou por sobre o arqueiro e viu a bola passar rente a trave esquerda.
E, se as coisas já estavam muito difíceis para a Roja, a expulsão com 27 minutos do volante Marcelo Díaz pelo segundo cartão amarelo devido a uma falta forte em Lionel Messi teve que fazer com que o time de Juan Antonio Pizzi se desdobrasse cada vez mais na partida para suprir a ausência.
Porém, quando tudo estava corroborando para o cenário ficar bem favorável para a Argentina, uma falta do lateral-esquerdo Marcos Rojo no volante do Chile, Arturo Vidal, resultou em um cartão vermelho direto para o camisa 16 da Albiceleste.
De maneira bem oposta do que foram os 45 minutos iniciais, o segundo tempo foi bem mais truncado e favorável aos chilenos nas chances de real perigo de gol, fazendo em pelo menos duas oportunidades o arqueiro Sergio Romero trabalhar. Pelo lado de Tata Martino, apenas um chute com liberdade de marcação, porém sem muita direção de “Kun” Aguero, foi a chance mais aguda dos hermanos durante a etapa complementar.
Ao contrário do que poderia se imaginar, em nada a prorrogação deixou as equipes mais “tímidas” ou com o temor de carregarem a partida para as penalidades. Tanto Bravo como Romero, principalmente em bolas aéreas, tiveram que trabalhar com defesas muito difíceis.
Os 15 minutos derradeiros do tempo extra mostraram uma condição física mais inteira do time argentino e, sendo nítido isso, a Albiceleste bem que tentou fazer uma pressão mais intensa para resolver as coisas com bola rolando, mas não foi competente o suficiente para converter a superioridade em gols.
Nas penalidades, enquanto Vidal desperdiçou uma cobrança para o Chile, Messi e Lucas Biglia perderam para os argentinos e, na conversão de Francisco Silva, a conquista da Copa América Centenário ficou com a equipe de Juan Antonio Pizzi.