Se cada vez mais os garotos acabam indo mais cedo ao futebol europeu por quantias irrisórias desde suas equipes de origem, uma situação ainda mais polêmica e digna de uma longa discussão jurídica e financeira pode acabar ocorrendo pelos lados do futebol argentino, mais precisamente entre o Vélez Sarsfield e o Manchester City (Inglaterra).
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Isso porque, segundo as informações que foram divulgadas na última quinta-feira pelo periódico local Diario Registrado, o meia da base do Vélez, Benjamín Garré, está a caminho de integrar o plantel do clube inglês treinado por Pep Guardiola. Até aí nada de muito surpreendente pelo talento que já foi mostrado pelo atleta, entretanto isso não renderá absolutamente nada ao clube sul-americano.
Foi conclamada para essa situação uma legislação utilizada em solo argentino que é chamada de Ley de Patria Potestad, onde os responsáveis por qualquer garoto de menos de 16 anos podem por bem decidirem o futuro futebolístico do atleta e nenhum vínculo empregatício pode ser mais forte do que a decisão tomada pelo responsável do jovem.
Com esse panorama, está restando agora ao Fortín reclamar perante a FIFA a possibilidade de apontar uma irregularidade a respeito do vínculo com atletas de idade inferior ao permitido para transferências desse calibre ou tentar o recebimento de alguma quantia pela lei de formação de atletas prevista no código da entidade máxima do futebol. Entretanto, como até o momento não há a confirmação de documentos assinados com a equipe europeia, os recursos ficam mais difíceis de serem obtidos por parte do clube argentino.
Essa não é a primeira vez que Benjamín Garré se envolve em uma pequena polêmica a respeito de uma ida ao exterior se uma prévia consulta ao clube de Buenos Aires. No ano passado, o jogador que completará 16 anos no dia 11 de julho esteve com o pessoal do também britânico Manchester United e causou um extremo mal-estar com os dirigentes do Vélez Sarsfield que foi posteriormente contornado.
