Em partida de pouca técnica, Chile vence Bolívia no último lance

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Foto: Arte Futebol Latino

Sobrou vontade de vencer, mas faltou o elemento da qualidade no embate do Grupo D entre Chile e Bolívia disputado no Gillette Stadium, em Boston. Com isso, lances isolados acabaram colaborando para que o duelo terminasse com o triunfo chileno por 2 a 1.

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Mesmo com uma posse de bola quase que esmagadora desde o começo por parte do Chile, não havia nível de criatividade suficiente por parte da Roja para conseguir transformar esse maior controle em uma real e incômoda pressão a meta defendida por Carlos Lampe.

Enquanto isso, os bolivianos iam poucas vezes ao campo de ataque mas, em chute do meio-campista Martin Smedberg e em jogada de velocidade do atacante Juan Carlos Arce, a La Verde criou até mais problemas aos comandados de Juan Antonio Pizzi do que o inverso.

A grande arma explorada continuamente pelos chilenos era a jogada de bola alçada na área procurando a participação mais constante de Mauricio Pinilla mas, totalmente marcado e praticamente isolado dentro da grande área, foram poucas as oportunidades em que o camisa 9 conseguiu concluir e, quando conseguiu, não foi com qualidade.

O melhor lance da primeira etapa favoreceu o Chile e surgiu apenas aos 39 minutos em mais uma bola cruzada pelo lateral Mauricio Isla. Após o levantamento, o goleiro Lampe saiu de maneira atrapalhada e, ao largar a bola nos pés de Alexis Sánchez, o avante do Arsenal (Inglaterra) só não inaugurou a contagem porque, em cima da linha, o zagueiro Edward Zenteno fez o bloqueio da finalização.

O segundo tempo começou e, logo de cara, um erro de Arce acabou sendo determinante para que a Roja finalmente conseguisse furar a defensiva boliviana. Com menos de um minuto, o camisa 7 da La Verde perdeu a bola bem próximo da grande área e, após o toque em diagonal para trás de Fabián Orellana, o volante Arturo Vidal fez a infiltração e bateu longe do alcance de Lampe.

Apesar de a frente no marcador, em pouco isso influenciou de maneira positiva no futebol chileno, que seguia sem muita efetividade e mais demonstrava que acabou “trombando” com o gol do que o merecendo. E o que parecia ruim com o fraco desempenho ficou ainda mais complicado aos 15 minutos graças ao meia da Bolívia, Jhasmani Campos.

Em uma cobrança de falta simplesmente magistral com o pé esquerdo, o camisa 10 dos dirigidos por Julio César Baldivieso colocou uma curva na bola que, mesmo com o arqueiro Claudio Bravo tocando nela, não foi o suficiente para tirá-la do destino final: O ângulo da meta do Chile, igualando o placar.

A partida melhorou na questão de chances de gol principalmente por parte da Roja que, se vendo com apenas um ponto em dois jogos, tornou sua postura bem mais a frente do que vinha conseguindo impor. Nesse momento, Carlos Lampe teve seu momento de maior brilho, fazendo defesas importantes tanto na cobrança de Alexis como também em desvio de Vidal em nova finalização chilena, se esticando ao máximo com sua mão direita.

A máxima dos chilenos atacando e os bolivianos se segurando como podiam na defesa permaneceu até o final quando, aos 52 minutos, o árbitro norte-americano Jair Marrufo apitou uma penalidade de Luis Gutiérrez. Na cobrança, Arturo Vidal converteu e selou os três primeiros pontos do Chile na Copa América Centenário.

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