Crônica FL: Messi não completa aniversários, acrescenta toneladas

Messi
Foto: AFP

Antes de mais nada, vale o registro: não, (ainda) não estou alucinado ao ponto de achar que Lionel Messi voltou mais gordo ou fora de forma do que os demais no período de pausa forçada das competições.

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Quando lidamos com as toneladas a serem acrescentadas por La Pulga nesse dia 24 de junho de 2020 onde ele chega aos 33 anos de idade, podemos analisar com todas as benesses e malefícios que sua capacidade estratosférica traz consigo. É a famosa “lei do bônus e do ônus”, tão inevitável como conter as diversas arrancadas e jogadas desconcertantes que surgem dos pés de Leo.

Ser quem é trouxe a Messi um crescimento notório (e merecido) de um garoto que saiu cedo de seu país e que fez de La Masia o seu mais divertido quintal. Que não cansou de assombrar em nenhuma etapa do processo no Barcelona, estando ele em patamar de “promessa”, “joia em lapidação”, “o novo responsável”, “ponto de referência” e, ao que podemos atribuir hoje, “ídolo incontestável”. Período esse, lógico, onde ele acrescentou toneladas de gols ao currículo e as competições.

Em adendo, Messi trouxe uma incontável lista de recordes a tona. Metas absurdas para mortais, mas nem tanto para extraterrestres do mundo futebolístico paralelo ao qual ele pertence. E fazia isso com a suavidade e tranquilidade sempre vista no rosto quase que de um menino que ficava feliz em vencer um confronto entre bairros. Nessas horas, ele acrescentava toneladas de estatísticas e títulos para serem admirados e repetidos aos mais distantes rincões do planeta.

Contudo, “a conta chega” e em valor proporcional ao talento que ela cobra. Quando o assunto entra no tema da seleção argentina, aquele mesmo semblante de menino alegre torna-se o de um homem preocupado. Tenso. Por vezes, até mesmo raivoso como outrora era inimaginável. Sentindo o peso da responsabilidade de liderar uma nação no enfrentamento de um jejum que fere. E, quando ele não termina, onde a cobrança acaba? Aqui, Lionel acrescenta toneladas de frustrações que, inclusive, quase o fizerem ceder lugar a outro na Albiceleste.



Sem fazer um detalhado juízo técnico, desde a saída de Neymar do Barcelona, Messi tem enfrentado um problema que parecia fora dos padrões trabalhados por seu clube, tão cuidadoso em formar gerações capazes de acompanhá-lo em campanhas de alto grau competitivo.

Com apostas caras e infrutíferas aliadas a pouca renovação notada em peças vindas da base, o Barça se vê em uma realidade de poucas peças tendo de encarar uma “maratona” onde tem suado muito mais do que o normal. E não apenas em dedicação, mas também em esforço prático para obter os resultados. E quem naturalmente se sobrecarrega para ser o elemento diferencial quando nada indica um viés de mudança? Aqui, Messi acrescenta toneladas de momentos com a necessidade quase que instantânea de genialidade.

Dito isso, vemos que a estadia do astro argentino no plano futebolístico acrescenta diversas toneladas. A cada aniversário, um novo peso é colocado na balança. A torcida é que novos itens sejam colocados nessa mistura. O esporte reverencia e agradece. Parabéns, Lionel Messi!

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