Logo no início do ano de 2015, um fato marcou bastante o início de temporada do Internacional: a expulsão seguida da mostra do dedo do meio por parte do lateral-esquerdo Fabrício para a torcida. Situação essa vivida em partida do Gauchão contra o Ypiranga que, posteriormente, se mostrou definitiva para a sua saída do clube.
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Analisando a situação cinco anos depois, em entrevista que concedeu para o portal Globo Esporte, o atleta que hoje defende o Água Santa reconhece que cometeu um grave erro ao tomar a decisão no calor do momento de mostrar o dedo para os torcedores.
Fabrício fez a consideração também de que não teve a ideia exata de jogar a camisa do clube no chão, sendo a situação, na verdade, o resultado de sua chateação misturada a adrenalina. Com isso, quando foi tirar a camisa no caminho dos vestiários, ela caiu acidentalmente.
– Fiz m…, uma grande m…. Eu estava em um dia legal. Se você vê, eu nem perdi a bola. Eles chiaram e eu fiz os gestos no momento. Eu ia bater a lateral e veio a expulsão. Quando eu estava saindo, chegam Juan, Jorge Henrique. Eu só ia tirar a camisa, estava sem graça. Aí já tinha feito a merda. A camisa caiu e o pessoal ficou chateado. Mas eu nunca imaginei em jogar a camisa no chão. Eu perdi a cabeça. Estávamos bem no regional, na Libertadores. Era um time bem entrosado. Ele chegou à semifinal da Libertadores. Era um baita time, muito qualificado. Pena que perdi a cabeça e deixei a rapaziada na mão. – pontuou o lateral.
– Eu lembro na hora o que ocorreu. Às vezes é bom nem lembrar. Foi muito rápido. Quando eu fiz o gesto, eu não sou expulso quando bato lateral. Depois pedi desculpas porque não devia fazer. Ia seguir normal. Você assume o erro, sabe que está errado. Todo mundo erra, acerta, todo mundo tem direito a segunda chance. Vida que segue. O que ocorreu foi passado. Eu pedi desculpa – acrescentou.
O jogador, aliás, pontuou que o seu temperamento sempre foi um elemento com o qual ele tentou lidar ao longo de toda a sua carreira. Entendendo que o principal aspecto de descontrole sempre foi, na verdade, a sua vontade excessiva de vencer:
– Isso atrapalha qualquer jogador de futebol. Você tem que saber, precisa saber o limite dentro e fora. Quando você é muito coração, quer sempre ganhar. Aí eu perdia a cabeça. Eu precisava me controlar. Não podia deixar meus companheiros na mão. Eu sempre quis ajudar, mas é do temperamento. Não tem como fugir. Eu tenho tranquilidade, mas às vezes você acha que está certo e quer discutir, mas não é o melhor momento. Na hora, você explode e discute.
Ao todo, entre 2011 e 2015, Fabrício fez 175 pelo Inter onde marcou 17 gols. Um deles, aliás, marcou a reinauguração do Beira-Rio mediante as reformas visando a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Na oportunidade, o Colorado goleou o Caxias por 4 a 0 no Campeonato Gaúcho em 15 de fevereiro de 2014.