Falando com a rádio paraguaia 800 AM, o ex-jogador e hoje técnico do Cerro Porteño, Francisco Arce, foi taxativo em suas palavras tanto ao comentar sobre os dirigentes do futebol nacional como também questionado sobre a política do país como um todo.
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Questionando sobre o que pensa do fato de que atletas e representantes dos clubes não tem participado das reuniões para viabilizar o retorno do futebol no Paraguai, ele foi muito crítico:
“Parece que os dirigentes não gostam muito disso de incluir no diálogo. É importante já que incluíram os médicos. Falaremos com o médico do clube e trabalharemos dentro dos protocolos.”
Ainda tratando da questão referente a volta dos trabalhos, Arce não vê viabilidade de retorno das competições antes do mês de julho e ainda alimenta dúvidas sobre qual será o alcance dos protocolos que serão estabelecidos como forma de prevenção a Covid-19.
“Creio que, no mínimo, até julho não haverá torneios. Analisando o início da quarentena, manteríamos um mês que seria junho para treinar e julho para competir. Todavia, não sabemos a amplitude do protocolo, creio que há muitas coisas que ver antes dos 90 dias de isolamento, há demasiadas situações, tipos de treinos, transportes, vestimentas, como se higienizar, o distanciamento familiar, a concentração, repetição de exames, uma infinidade de coisas”, discorreu o treinador do clube de Assunção.
Nos últimos dias, escândalos de corrupção envolvendo empresas públicas importantes do país como a Direção Nacional de Aeronáutica Civil (DINAC) e a Petróleos Paraguaios (Petropar) deixaram o profissional de 49 anos de idade bastante irritado.
“É uma vergonha como a corrupção se tornou algo normal e como a Justiça está tão podre. Está tudo à vista, dói para o cidadão normal que tudo seja uma máfia”, disparou.
