No estilo de Copa Libertadores de outros tempos, com direito até mesmo a pancadaria após o apito final, o São Paulo sofreu bastante, mas conseguiu sair da Bolívia classificado as oitavas de final com um empate em 1 a 1 diante do The Strongest em La Paz.
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Nos primeiros minutos, a postura da equipe boliviana foi de tentar pressionar o São Paulo na defesa, dominando a posse de bola e tentando fazer um gol rapidamente, que o desse a vantagem necessária para a classificação. O São Paulo, apesar de ter menos domínio e mais precavido, conseguiu arrematar primeiro com mais perigo em tiro do volante Wesley, que chegou até a triscar no travessão.
Porém, o que predominou no primeiro tento do jogo foi a insistência do The Strongest, premiada aos 28 minutos. Em cobrança de falta no lado direito do campo de ataque, o meio-campista Ernesto Cristaldo apareceu livre de marcação para tocar pro fundo do gol de Denis.
Com o tento, o Tigre de La Paz não quis se acomodar e até tentou aumentou sua dianteira, mas a pontaria e o melhor posicionamento da defesa brasileira não permitiram. E, mesmo sem chegar tanto a frente do gol de Daniel Vaca, o Tricolor chegou a igualdade ainda nos primeiros 45 minutos. Após cobrança de escanteio, o atacante Jonathan Calleri cabeceou bem e, mesmo com a bola desviando na zaga Stronguista, ela ainda entrou na meta adversária.
Por muito pouco a equipe de Edgardo Bauza não virou o placar logo na sequência mas, após bela jogada de Kelvin, o camisa 30 chutou rente ao ângulo direito de Vaca por sobre a meta.
Na segunda etapa, a dinâmica do jogo permaneceu a mesma da primeira, com o time Aurinegro boliviano pressionando e tentando encontrar o gol necessário que ainda estava precisando.
Porém, dessa vez, não houve falha do sistema defensivo são-paulino e, até mesmo com um maior índice de erros de passes do The Strongest, a situação são-paulina só ficou mais complicada com a expulsão do goleiro Denis por cera já que, nos primeiros 45 minutos, o goleiro e capitão da equipe já havia tomado um cartão amarelo pelo mesmo motivo.
Com isso e a três alterações já feitas pelos brasileiros, o zagueiro Maicon precisou ir para o gol e resistir pelo menos mais três minutos até o apito derradeiro do chileno Roberto Tobar.
Logo após o término da partida, alguns dos jogadores dirigidos por César Farías foram diretamente em direção de Calleri para provocá-lo ou mesmo tirar satisfações com possíveis ofensas do camisa 12, iniciando uma verdadeira confusão generalizada.
E quem saiu mais prejudicado da situação foi o próprio avante argentino já que, mesmo após o término da partida, o árbitro lhe mostrou o cartão vermelho, o tirando do primeiro jogo das oitavas de final diante do Toluca, no Morumbi.