Não ser contagiado pelo espírito do dia 1° de abril é quase que impossível e pouco provável de não ser notado, algo que com certeza a internet já deve ter te encarregado de lembrar nessa sexta-feira seja acompanhando as notícias do Futebol Latino ou não.
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Porém, a equipe do FL quis deixar apenas um “tom” de mentira em referência a essa data, já que o assunto serão algumas transferências que mais pareciam contos de 1° de abril muito tempo antes de serem concretizadas e acabarem com as gozações dos rivais.
Confira a lista com cinco situações desse tipo:
Ronaldo Fenômeno no Corinthians – 2009
Mesmo com toda a grandeza do clube paulista, a força de sedução da marca Corinthians e a sua apaixonada e extremamente numerosa torcida, era absolutamente inimaginável pensar que um clube que havia acabado de superar o trauma de um rebaixamento com o título da Série B no ano anterior conseguisse se organizar em todos os sentidos para trazer ao país um verdadeiro ídolo não somente do futebol nacional mas sim mundial.
Porém, com todo um projeto de logística e marketing planejado pela diretoria corintiana na época, uma grande festa no Estádio Alfredo Schurig (Fazendinha) recebeu o jogador que se desligou do Milan (Itália) após passagem marcada por mais uma grave lesão em seu joelho, problema recorrente na trajetória do Fenômeno.
E, como todos sabem, a sua aquisição ficou longe de ser apenas uma cartada que teve efeitos positivos fora de campo. Dentro das quatro linhas, o atacante teve atuações de destaque, marcou gols de rara beleza e conquistou títulos com a camisa do Timão, sendo o maior deles a Copa do Brasil em 2009.
Ronaldinho Gaúcho no Flamengo – 2011
Se encaixando nos mesmos termos de relevância e situação administrativa em que estava o Corinthians na chegada de Ronaldo Fenômeno ao Corinthians, era bem complicado ver o astro Ronaldinho Gaúcho, há quatro anos antes o melhor jogador do mundo brilhando pelo Barcelona (Espanha) desembarcar em terras brasileiras após também não ter atendido a todas as expectativas no Milan, mesmo vindo para o clube de maior torcida do país.
Entretanto, o dia 12 de janeiro de 2011 dificilmente sairá da memória do torcedor Rubro-Negro, já que a Gávea simplesmente foi abarrotada de flamenguistas para celebrarem a chegada de um atleta que atraiu imensas expectativas e também, evidentemente, os olhares do mundo sobre o clube carioca.
Ao contrário do Fenômeno, a passagem não foi tão duradoura e tão proveitosa dentro dos gramados para nenhuma das duas partes. Além de não demonstrar atuações regulares e que ao menos relembrassem seus bons tempos, uma disputa judicial iniciada em 2012 e sentenciada em janeiro desse ano favorável ao atleta deixou a relação entre R10 e o clube do Rio de Janeiro em absoluta desavença.
Luis Fabiano no São Paulo – 2011
Identificado com a torcida Tricolor pela sua primeira passagem entre 2001 e 2004, não chegava a ser um absoluto sonho o retorno de Luis Fabiano para o Morumbi. Porém, levando em consideração o fato de que, apenas um ano antes ele era o atacante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da África do Sul e vivia fase onde ainda tinha mercado na Europa, sua aquisição pelo São Paulo por R$ 20 milhões junto ao Sevilla (Espanha) estarreceu a mídia quase tanto quanto sua festa de recepção.
Colocando mais de 45 mil pessoas no Cícero Pompeu de Toledo para aclamarem o Fabuloso, o jogador esteve ao lado de Rogério Ceni e saudou a torcida em uma apresentação que contou com apresentações musicais, palavras acaloradas de Rogério Ceni e do já falecido Juvenal Juvêncio dentre muitas outras atrações.
Apesar de ter sido longe de uma unanimidade quando o assunto é idolatria principalmente nos anos derradeiros de sua segunda passagem, os números gerais de Luis Fabiano no aspecto individual o caracterizam como um marco na história do clube, sendo não só artilheiro da temporada em três dos cinco anos como também se estabelecendo como o terceiro maior artilheiro da história do Tricolor (212 tentos) estando atrás apenas de Serginho Chulapa (242) e Gino (233).
Clarence Seedorf no Botafogo – 2012
Nas últimas décadas o Botafogo vem tendo imensas dificuldades no cenário nacional apesar de toda a sua tradição e isso, por si só, era motivo mais do que suficiente para qualquer torcedor dos rivais locais ou mesmo amante do futebol em geral ter total dúvida de que o jogador holandês que vestiu as camisas dos italianos Milan, Inter de Milão e do Real Madrid (Espanha) desembarcasse no Rio para vestir o manto do Glorioso. Mas foi exatamente isso que aconteceu.
Também sendo muito festejado, porém dessa vez em apresentação bem mais reservada e dentro de uma sala de imprensa com a presença de veículos de mídia do Brasil e do mundo, o atleta fã confesso do futebol brasileiro e casado com uma brasileira chegou a General Severiano para ser o grande comandante da camisa 10 do Fogão como há muito tempo não se via.
Mesmo individualmente não tendo números altamente expressivos (81 jogos e 24 gols), a liderança perante ao grupo, sua condição técnica e física muito apuradas mesmo aos 36 anos de idade, a conquista do Carioca em 2013 e a vaga na Libertadores com o quarto lugar do Brasileirão são motivos de sobra para os botafoguenses avaliarem como positiva a passagem de Seedorf pelo clube.
Robinho no Atlético-MG – 2016
Ao contrário dos outros exemplos dessa lista, que estavam atuando em grande clubes do futebol europeu, o Rei das Pedaladas vivia um mal momento no Guangzhou Evergrande (China) e tinha seu retorno ao Brasil constantemente ventilado.
Com sua até então gigantesca identificação por toda a história feita no Santos, criava-se quase que um bloqueio mental para a possibilidade de Robinho voltar ao futebol brasileiro sem ser atuando pelo clube da Vila Belmiro. Mas a situação justamente mais improvável do ponto de vista histórico acabou se concretizando.
Em uma transferência recheada de muitas críticas e revolta por parte de torcedores santistas e até mesmo não-santistas, o jogador assinou contrato com o clube de Belo Horizonte e ainda tenta se estabilizar dentro do esquema de Diego Aguirre tanto na disputa do campeonato mineiro como nas partidas da Libertadores.
