Enquanto a seleção da Bolívia sofreu com um desempenho que passou longe de dar esperanças de classificação as quartas de final na Copa América (três derrotas em três jogos), os dirigentes do futebol local se dividiram em dois lados de uma decisão tomada na última semana em reunião da Divisão Maior do Futebol Profissional na cidade de Cochabamba.
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Isso porque, já no início do Clausura de 2019 marcado para o dia 13 de julho, seis dias depois da final da Copa América, todas as equipes poderão colocar em campo não apenas quatro, mas seis atletas estrangeiros. Algo que deixou atletas e ex-atletas absolutamente contrariados e preocupados com o futuro do futebol local.
“Essa decisão é totalmente errônea, oxalá que revertam isso, a seleção será a mais prejudicada. Quem vão convocar? Vão ter que jogar estrangeiros, nacionalizar a todos. O ideal seria que trouxessem por equipe três estrangeiros, que pelo menos tenham estado na seleção de seu país, que tenham hierarquia e tragam ensinamentos”, afirmou Júlio César Baldivieso, atualmente técnico do Always Ready, em declaração captada pelo periódico El Diário.
“É uma pena e uma vergonha que havendo tanto potencial agora, e nem vou falar do futuro, estamos cometendo um grave erro. Como queremos melhorar nosso futebol e pretendemos ter mais jogadores bolivianos?”, escreveu o lateral-direito Diego Bejarano em sua rede social.
O argumento que foi utilizado por um dos dirigentes favoráveis a medida, caso de Mirko Cornejo, diretor do Aurora, seria que essa medida tem como base o fato de atletas bolivianos de qualidade terem se tornado mais caros:
“Lamentavelmente, (jogadores nascidos na Bolívia) encareceram nos últimos tempos. É difícil encontrar jogadores bolivianos de bom nível e acessíveis, creio que tenha sido um dos motivos mais importantes.”