Em 2014, River Plate iniciava sua “soberania” nas Américas

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Foto: EFE

A soberania do River Plate em competições continentais no biênio 2014/2015 começou a ser desenhada há exatos oito meses atrás, no dia 10 de dezembro de 2014.

Comemorando um ano onde a equipe retornava a disputa de uma competição sul-americana após ter sofrido o descenso no campeonato argentino, os Milionários voltaram com estilo e faturaram, diante do Atlético Nacional, um título inédito para a sua galeria.

Com um futebol envolvente, de muito toque de bola e movimentação de peças importantíssimas como os uruguaios Carlos Sánchez e Rodrigo Mora aliados a juventude e talento de pratas da casa como Kranevitter e Vangioni, a técnica e experiência de Ponzio, a segurança de Barovero e a letalidade do colombiano Téo Gutierrez formaram uma equipe de muita qualidade, todos eles sob a batuta de Marcelo Gallardo.

Na finalíssima, depois de oito jogos com sete vitórias e um empate e com direito a ter eliminado seu maior rival (Boca Juniors) na fase anterior, o time argentino (por toda a tradição e história nas grandes competições) chegava com favorito a final.

No adversário, podia se ver um bravo time colombiano, com peças de destaque como os meias Cardona (hoje no Monterrey) e Cárdenas (atualmente no Atlético-MG), além de ser taticamente muito bem dirigido por Juan Carlos Osório, hoje no São Paulo, justamente o clube que ele eliminou antes de chegar a decisão.

Jogo de ida: Atlético Nacional 1 x 1 River Plate

Um Estádio Atanásio Girardot completamente tomado nas cores verde e branca dos donos da casa e uma atmosfera típica de decisão latina foram os elementos vistos logo de cara no primeiro duelo da finalíssima.

Dentro de campo, sob a responsabilidade da arbitragem do brasileiro Ricardo Marques Ribeiro, um jogo truncado e com poucas chances efetivas até os 34 minutos do primeiro tempo quando, após uma arrancada sensacional, o atacante Berrío chutou por sob o ombro direito de Barovero para abrir o marcador.

Voltando com outro espírito para a segunda etapa, os argentinos saíram mais para atuar no plano ofensivo e foram recompensados aos vinte minutos quando, em uma pancada de fora da área, o meia Pisculichi contou com o quique da bola para enganar o arqueiro Armani para igualar o placar em Medellín.

Jogo de volta: River Plate 2 x 0 Atlético Nacional

A torcida Riverista respondeu com uma presença digna de abarrotar o Monumental de Nuñez para receber o seu clube, depois de nove anos, disputando uma final a nível de continente. E o resultado não poderia ter sido mais a caráter para os anfitriões.

Com o mesmo árbitro que comandou a final desse ano da Liberta, o uruguaio Darío Ubriaco, a intensa pressão imposta pelos argentinos encontrou na bola parada a maneira de romper o bloqueio colombiano. Aos nove minutos da etapa final, Pisculichi cobrou um escanteio com muita precisão na cabeça de Mercado, que testou longe de Armani para fazer 1 a 0.

Como se fosse um verdadeiro replay do primeiro tento, o River chegou ao segundo gol de novo em cobrança de corner de Pisculichi que, dessa vez, encontrou a cabeça de Pezzela para balançar a rede no Monumental e fazer explodir a torcida milionária.

A partir daí, foi apenas uma questão de tempo para que o time de Buenos Aires pudesse soltar o grito de campeão e iniciasse a trinca da Sul-Americana (2014), Recopa (2015) e Libertadores (2015).

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