Em jogo que facilmente poderia protagonizar a final do Mundial Sub-20 na Polônia, a Argentina foi mais eficiente em sua estratégia e bateu Portugal por 2 a 0 no jogo valendo pelo Grupo F em Bielsko-Biala. Resultado esse que coloca a Albiceleste na ponta idolada do Grupo F com seis unidadese mantém os lusitanos em segundo com três. Coreia do Sul e África do Sul (separados apenas pelo saldo de gols) são os dois últimos colocados.
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Primeiro tempo
Os minutos iniciais do selecionado argentino não foram de absoluta intensidade, mas o posicionamento tático era mais eficiente na retenção de bola no ataque e para conter as investidas portuguesas do que o inverso. Logo, aparentava estar mais próximo de abrir a conta mesmo quando ainda não tinha conseguido traduzir essa postura em chances claras contra o gol do arqueiro João Virginia.
Por sua vez, mesmo chegando com menor frequência, a objetividade do selecionado europeu fez com que os lusitanos dessem as primeiras finalizações mais agudas com Rafael Leão e Jedson.
Na primeira delas, o camisa 9 fintou bem pelo lado esquerdo e bateu firme para defesa de Manuel Roffo enquanto, na outra oportunidade, o meio-campista revelado no Benfica chegou bem na intermediária em chute que passou muito perto da trave esquerda argentina.
Depois de metade do tempo ultrapassado, Portugal passou a ser mais constante no plano ofensivo principalmente quando conseguia elevar suas linhas de marcação e evitar a saída de bola mais tranquila da Albiceleste. E foi justamente nesse período de equilíbrio que, até então menos acionado, o centroavante Adolfo Gaich apareceu para tirar o primeiro zero do marcador.
Aos 33, Julian Álvarez ganhou na velocidade e na disputa de bola com Ruben Vinagre para cruzar rasteiro onde o 9 argentino chutou um tanto quanto “mascado”, mas suficiente para que ela batesse na trave e entrasse na meta adversária.
Segundo tempo
Logo no princípio, Aníbal Moreno tratou de mostrar aos lusitanos que a “fome” argentina não era menor por estar na dianteira do placar fintando dois marcadores e chutando firme de pé direito em bola que explodir na trave esquerda de João Virgínia. Até mesmo pelo fato de que, alguns minutos antes, Portugal já tinha chegado bem em cruzamento do lado esquerdo que passou na boca do gol da Albiceleste sem ninguém para empurrar.
O volume de jogo português começou a se elevar conforme o atacante Jota era mais solicitado pelo lado esquerdo ofensivo, ganhando praticamente todas as jogadas no duelo individual com o lateral-direito Facundo Mura.Como consequência disso, Manuel Roffo precisou trabalhar bem em duas finalizações além de ver uma cabeçada do camisa 7 adversário na rede pelo lado de fora quando se infiltrou atrás da zaga do outro lado do ataque.
A oportunidade mais clara de empatar o confronto, apesar dos esforços de Jota, apareceu na bola parada para Portugal. Mostrando muita consciência, Jedson bateu falta cheio de categoria e viu ela raspar o ângulo esquerdo de um praticamente sem reação Roffo.
Novamente se vendo “encurralada”, a Albiceleste se segurou da maneira que conseguiu defensivamente e buscava de maneira constante acionar seus atacantes na base da velocidade sem muito sucesso. Nos minutos finais, os argentinos conseguiram “travar” a partida retendo a posse ofensiva e, em bola parada, sacramentou o triunfo.
Ezequiel Barco bateu falta e Nehuen Pérez desviou já na segunda trave para marcar o tento que foi exaustivamente verificado pelo Árbitro de Vídeo e validado pela arbitragem do norte-americano Ismail Elfath. Gaich chegou a fazer o seu segundo no jogo e o terceiro dos argentinos nos acréscimos, porém a arbitragem corretamente marcou impedimento do camisa 9.