Em tarde na cidade de Maracaibo onde algumas marcas foram desfeitas, o Zulia largou na frente por uma vaga na próxima fase da Copa Sul-Americana batendo o Palestino por 2 a 1 com direito a empate chileno aos 43 e o tento da vitória já saindo aos 48 minutos da etapa complementar.
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Com o resultado que também significou o primeiro revés na história do Palestino para times da Venezuela, qualquer empate obtido pelos venezuelanos no estádio San Carlos de Apoquindo na próxima quarta-feira (29) às 19h15 (horário de Brasília) servirá para a qualificação. Por sua vez, o 1 a 0 favorável ao clube árabe já será suficiente pelo critério de gol como visitante ser válido em competições da Conmebol antes da final.
Primeiro tempo
O elemento que mais chamou a atenção no principio de jogo era a capacidade que os venezuelanos tinham de não só retomar rapidamente a bola, mas acionar com igual agilidade o seu sistema ofensivo nas duas pontas.
Em meio a essa qualidade, a primeira boa chance de marcar veio dos anfitriões quando, em cruzamento desviado no meio da grande área, o meia-atacante Albert Zambrano bateu forte, mas pegou por baixo da bola e ela acabou subindo um pouco mais do que deveria. Todavia, aos 13, essa velocidade acabou premiada com uma jogada objetiva onde Brayan Moya recebeu passe quase que na meia-lua de Frank Feltscher, puxou para sua perna direita e bateu com força, no alto, sem chance para o goleiro Fabián Cerda.
Praticamente Não existiu um momento onde o Palestino efetivamente conseguiu equilibrar posse de bola no setor ofensivo e criação de oportunidades de gol com base em ir assumindo o domínio da jogada. Tanto é que a melhor oportunidade dos visitantes até então na primeira etapa surgiu quando, depois de chutão vindo de Cerda, César Cortés tocou de calcanhar para um bonito chute chapado de Ignacio Herrera que passou perto da trave esquerda de José Morales.
Pouco antes do intervalo, aos 39, o time de origem palestina finalmente conseguiu fazer com que a posse de bola significasse criação de chances de gol mais claras. Depois de bom trabalho envolvendo tabela e movimentação, o jovem Renato Tarifeño saiu da marcação e bateu firme de pé direito para defesa importante de Morales.
Ainda houve tempo para o centroavante Junior Paredes, depois de levantamento muito bem feito pelo lateral-esquerdo Gabriel Benítez que pegou toda a zaga do Palestino desprevenida, cabecear sozinho pro gol e ver Cerda fazer a melhor defesa da partida e evitar o segundo tento do Zulia.
Segundo tempo
Os times voltaram bastante dispostos dos vestiários e imprimiram um ritmo acelerado na hora de elaborar seus lances de ataque onde o time da Venezuela foi, de novo, o primeiro a ser mais perigoso. Aos 11, Zambrano apareceu bem e com espaço para bater no gol fugindo de Fabián Cerda, algo que exigiu bastante do arqueiro chileno.
Como resposta a essa chegada, o Palestino foi ainda mais agudo e só não deixou tudo igual em Maracaibo graças a uma excelente sequência de defesas por parte de José Morales. Após cruzamento ajeitado para o meio da área, Richard Paredes testou para ótima intervenção que, no rebote, Carlos Farias bateu para Morales segurar firme e “salvar a pele” do Zulia.
Após a metade da etapa complementar, a situação do jogo se delineou de maneira bastante clara onde, mais desgastado fisicamente, o Zulia já não conseguia fazer a mesma marcação alta do início dos dois tempos e apostava somente nas oportunidades para puxar contra-ataques pontuais.
Por sua vez, em desvantagem no marcador, o Palestino tinha a responsabilidade de escapar do bloqueio venezuelano e tentar também superar o forte calor que fazia no estádio Pachencho Romero que castigava os atletas do clube árabe, menos acostumados ao ambiente.
Tudo parecia que iria “ruir” para o time dirigido por Francesco Stifano quando Nicolás Díaz chutou com boa dose de raiva para o fundo da meta de Morales e empatou já aos 43 minutos. Todavia, aos 48 e praticamente no último lance do confronto, Moya teve forças para achar espaço na intermediária, bater em gol e contar com um desvio na defesa adversária que tirou Cerda do lance e sacramentou o histórico triunfo da equipe de Maracaibo.