O problema de violência entre torcidas que atinge principalmente os chamados clássicos não é exclusividade do Brasil ou de determinados países europeus que ainda lidam com os chamados hooligans. Nessa sexta-feira (26), quem tentou encontrar uma maneira de solucionar essa questão foram os presidentes de Olimpia e Cerro Porteño, que duelaram no último fim de semana com vitória para o Ciclón por 1 a 0.
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Marco Trovato e Juan José Zapag compareceram a um encontro com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, justamente para promover a exposição de novas soluções que minimizem os impactos da violência que fez do jovem de 18 anos Elías Gabriel Rojas mais uma vítima fatal nesse tipo de trágico incidente.
Dentro do encontro, foi acertada a formação da nomeada mesa interinstitucional, responsável por efetivamente tomar decisões que visem a análise e resolução acelerada a respeito do tema.
O mandatário máximo do Olimpia, em entrevista a imprensa local logo após o encontro, foi quem falou de maneira mais enérgica a respeito do problema, levantando até mesmo a medida mais drástica de jogar sem qualquer presença de torcedores:
“Queremos o bem e que volte a tranquilidade ao futebol paraguaio, valoramos a reunião com o presidente Cartes. Pode se chegar ao ponto de jogarmos com portões fechados se a Corte Suprema solicitar isso como uma medida cautelar.”
Em tom mais amenos porém ratificando a necessidade de solucionar o problema, Zapag deu um enfoque maior a questão da conscientização das próprias torcidas no Paraguai e uma atuação mais próxima das autoridades:
“Quando tivermos essa mesa interinstitucional, daremos uma possível solução, essa reunião é um começo para a solução de erradicar a violência no futebol. Devemos estabelecer o senso comum das torcidas, não é fácil, essa tarefa deve ser acompanhada pela polícia e pela fiscalização.”