*Por Mônica Alvernaz
Que o espaço conquistado pelas mulheres, nas mais diversas áreas profissionais, é cada vez maior, é inegável e o esporte não se faz exceção neste contexto. No entanto, isto não significa que o destaque seja igualitário para as competições masculinas e femininas.
Leia mais: Fotógrafo japonês publica fotos inéditas dos títulos mundiais de clubes brasileiros
Riquelme provoca o River: “Jogar uma final da Libertadores é diferente de lutar para não cair”
Ainda em 2018 é necessário que as mulheres busquem se espaço e parecem ter que provar a todo tempo a capacidade no que fazem. O que acontece ainda mais forte no futebol, um esporte que ficou conhecido historicamente por ser praticado por homens.
O que ocorre, é que isto fica um pouco controverso, a medida que uma das principais figuras brasileiras no esporte atual é uma mulher: Marta, eleita a melhor jogadora do mundo por seis vezes.
Reforçando sua importância neste contexto, esta semana Marta virou novamente notícia ao ser a primeira mulher a colocar os pés no Hall da Fama do Maracanã. Apesar do grande destaque que tal fato merece, vale frisar que a cena já havia acontecido em 2007. Depois de faturar o ouro no Pan, a jogadora deixou sua marca no estádio, no entanto, a placa de Marta foi perdida pela administração do estádio durante as obras para a Copa de 2014. Felizmente, a merecida homenagem foi repetida e, assim esperamos, desta vez eternizada.
Da mesma forma, é impossível não associar a importância de Marta para o futebol feminino à mais uma conquista deste esporte, que, felizmente, vem ganhando cada vez mais destaque: pela primeira vez a Copa do Mundo feminina será transmitida de forma integral.
O torneio, que foi criado em 1991 e acontece de 4 em 4 anos, assim como o campeonato masculino, nunca foi transmitido integralmente por um canal de TV.
Em 2015, 24 anos depois de sua criação, canais como SporTV e TV Brasil transmitiram apenas partidas da seleção brasileira. Já na próxima edição, que ocorrerá em 2019, a Rede Globo transmitirá os jogos da equipe de Marta e o canal pago cobrirá todas as partidas da competição.
A importância disso? Muitas. Primeiramente, mostrar que o esporte deve ser valorizado, independente do gênero dos atletas. Além disso, dar o devido destaque e valor às mulheres que honram a camisa da seleção brasileira, tanto quanto o time masculino. E, claro, uma ótima oportunidade de exaltar Marta, que tantas alegrias já deu para o país com seu brilhante talento e determinação.
Mais relevante que a transmissão da Copa do Mundo feminina é a evolução dos esportes femininos e da valorização destes pela mídia. No mundo que vivemos hoje, ressaltar e dar voz às nossas mulheres é, não só importante, mas essencial para que consigamos, um dia, chegar ao ideal de homens e mulheres no mesmo patamar, independente de qual seja a profissão exercida por eles.