O que anualmente marca a apresentação de novos uniformes e das contratações feitas pelo Barcelona de Guaiaquil para uma nova temporada no ano de 2016 acabou sendo uma verdadeira celebração ao convidado de honra da noite no estádio Monumental Banco Pichincha: Ronaldinho Gaúcho.
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Com direito a apagar de luzes e todos os holofotes e iluminação produzida pelos próprios torcedores que abarrotaram as dependências do estádio para o jogo diante do Universidad San Martín, houve muita festa e vibração dos mais de 60 mil torcedores presentes e que visivelmente agradou demais ao craque brasileiro.
Além desse fator já esperado por toda a expectativa que se criou desde a chegada do ex-jogador do homômino espanhol da equipe que celebrou a festa, outras quatro situações foram detectadas no jogo que terminou em 4 a 3 para o Barcelona:
A boa forma de Ronaldinho
É evidente que não se poderia exigir arrancadas espetaculares, gols inesquecíveis ou mesmo um desempenho digno dos tempos áureos do meia. Porém, com a sua dinâmica de jogo característica de toques muito rápidos, uma extrema facilidade na condução das jogadas e passes precisos, Ronaldinho deu uma categoria mais do que especial ao espetáculo.
As principais jogadas surgiam quando ele e o meia argentino Damián “Kitu” Díaz se aproximavam, não a toa sendo justamente dos dois a jogada concluída por Díaz e que empatou o confronto quando o mesmo estava 2 a 1 para o time visitante.
Não fosse uma defesa importante do arqueiro Rivadeneyra, o camisa n° 91 teria até mesmo balançado as redes, algo que seria um perfeito complemento de uma atuação convincente.
A coesão dos comandados de Del Solar
Completamente diferente do que era notado quando a equipe era dirigida pelo argentino Cristian Díaz, que inclusive tomou uma medida “inusitada” para solucionar a má fase de sua equipe, os jogadores dirigidos pelo ex-craque peruano José Del Solar demonstraram uma postura muito compacta e disciplinada taticamente.
Apesar de constantemente pressionados no campo de defesa em função da marcação pressão do Barcelona de Guaiaquil, a prioridade dos peruanos e que inclusive foi bem sucedida em várias oportunidades era a troca rápida de passes, criando invariavelmente chances inclusive de armarem rápidos contra-ataques.
Os problemas defensivos da equipe guaiaquilenha
Se a vocação para marcar “alto” foi bem desempenhada pelo time dos Toros, a sua organização tática na hora de marcar deixou muito a desejar. A recomposição foi quase sempre muito lenta e erros de posicionamento mostram uma equipe ainda desorganizada faltando cerca de uma semana para o início do Primeira Etapa.
A formatação defensiva do meio-campo do Barcelona que contou com Segundo Castillo e Richard Calderón foi pouco efetiva e, com isso, os laterais Mario Pineida e Daniel Velasco e também os defensores Richard Marques e Luis Checa ficaram bem expostos ao veloz ataque do San Martín.
A desastrosa noite de Rivadeneyra
Se existiu um momento em sua vida que o arqueiro Steven Rivadeneyra torceu para não ter se tornado jogador de futebol, sem dúvida nenhuma esse momento foi na noite de ontem.
Em pelo menos quatro lances (sendo que em dois deles ele praticamente “entregou” o gol para a equipe mandante) Rivadeneyra simplesmente se afobou e demonstrou total falta de controle com a bola nos pés se quer para jogar para longe o perigo. Mesmo praticando de duas a três grandes defesas enquanto esteve embaixo das três traves, seus erros acabaram sendo definitivos para o resultado final do amistoso.