Quando parecia que a longa viagem de quase 24 horas até o interior do Equador pesaria no aspecto físico do Jorge Wilstermann, os bolivianos foram persistentes e arrancaram um empate por 2 a 2 na segunda fase da Copa Sul-Americana visitando o Deportivo Cuenca.
Leia mais: Planejamento de Beckham para estádio em Miami avança
Revelação do Independiente recebe proposta do futebol mexicano
O jogo
No início da partida, a qualidade técnica do Wilstermann era mais eficiente em conseguir o domínio da posse de bola e estabelecer seu estilo de jogo do que a troca de passes pouco eficiente e neutralizada pela alta marcação dos bolivianos.
Foi assim que, inclusive, Marcelo Bergese chegou a ter espaço para limpar a marcação e bater forte de perna esquerda passando perto do travessão.
Contudo, aos poucos o Cuenca foi encaixando-se melhor no embate, privilegiado também pelo recuo da marcação do Aviador apenas a partir do campo defensivo. Depois de chegar pelo menos duas vezes perto da grande área adversária e não conseguir acertar o alvo, aos 20 minutos Juan Rojas dominou e teve tempo para levantar a cabeça e tocar para Jonathan De la Cruz bater de primeira, sem qualquer possibilidade de defesa para Arnaldo Giménez.
O perfil do embate foi mantido em relação ao que já se apresentava com a posse mais ostentada pelo Jorge Wilstermann, assumindo ainda mais a responsabilidade de criação estando atrás do placar, enquanto os equatorianos apostavam bastante na velocidade do contra-ataque exatamente nos espaços deixados pelo adversário.
Nesse panorama, quem se deu bem novamente foram os anfitriões. Com 41 minutos, Juan Rojas recebeu lançamento em velocidade, ganhou na corrida do zagueiro brasileiro Alex Silva e bateu forte mandando na trave direita de Giménez. No rebote, o mesmo Rojas foi conferir o 2 a 0 Deportivo Cuenca.
Aos seis, um chute potente de Rojas fazendo Arnaldo Giménez operar uma excelente defesa serviu para mostrar aos visitantes que a vantagem construída não faria com que o time da casa “afrouxasse” na sua postura, muito pelo contrário.
Avançando suas linhas de marcação, o clube do interior do Equador intensificou sua pressão e conseguiu, em pelo menos três chances, finalizar tanto de dentro como de fora da área levando perigo ao Jorge Wilstermann.
No entanto, foi em uma das poucas chegadas dos bolivianos que, quando o avante brasileiro Lucas Gaúcho tentou limpar a marcação, o defensor Rubén Cangá tocou a mão na bola, pênalti marcado. Na cobrança, o próprio atacante envolvido no lance da penalidade encheu o pé e viu a bola bater no travessão antes de entrar e diminuir a desvantagem.
A empolgação tomou conta do clube da Bolívia, principalmente com as jogadas em velocidade de Serginho sendo mais presente do lado esquerdo do ataque. Local esse que foi a nascente para o tento que deixou as coisas igualadas em Cuenca. Em cruzamento rasteiro, a bola se ofereceu para o artilheiro Gilbert Álvarez tocar para as redes, 2 a 2.