Dizer que apenas um nome seria capaz de conduzir uma seleção ao título da Copa do Mundo é pedante demais. Fardo suficientemente pesado para, com o passar da história, já ter “derrubado” nomes consagrados do esporte. A Argentina de Lionel Messi vive isso. Sente isso. E, mais do que tudo, precisa superar isso.
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Ter em suas opções ofensivas uma peça tão imprevisível quanto cobrada pelo seu talento é uma dádiva. Um presente dos deuses do futebol (algo que, para os argentinos, se resume em Dios Armando Maradona). Mas aproveitar isso, única e exclusivamente isso, parece não ser suficiente. Não tem sido o bastante para obter as glórias que a Albiceleste anseia desesperadamente desde o longínquo 1993 e a Copa América do mesmo ano.
O resumo da ópera não é Messi. Mas todas as sinfonias, ensaios e arranjos conduzem as estrelas dessa constelação como Di María, Aguero, Dybala, Higuaín e companhia ao seu maestro genial. Ao seu elemento que, mesmo em dias menos inspirados, é capaz de produzir lampejos de habilidade sobre-humana para tornar o improvável uma questão de tempo.
Só apostar nesse recurso chega a ser uma irresponsabilidade. Ainda mais pensando no esporte onde a tática, posicionamento e respeito aos conceitos defensivos e de movimentação estão de maneira absolutamente intrínseca. Quase que integradas como elemento obrigatório rumo ao sucesso.
Entretanto, é justamente nisso que se baseia a genialidade. É nesse lapso de opções, de alternativas, de modos mais “comuns” de conseguir as vitórias que aparece o toque de quem é diferente. Acima da média. Fora de qualquer critério de comparação.
Mediante aos problemas já apresentados pela Argentina, mesmo olhando para as peças a disposição, não há muitas dúvidas. Nesse mundial, a seleção sul-americana será de, com e por Messi.