A noite de ontem (9) só mostrou motivos para que os torcedores do Olimpia comemorassem bastante e com razão. Afinal de contas, o time venceu mais um clássico contra o ferrenho rival Cerro Porteño (2 a 1), faturou o Clausura depois de quatro anos na fila e garantiu vaga na edição 2016 da Copa Libertadores.
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Entretanto, a partida de desempate só foi necessária porque, em mais uma oportunidade, o Decano na temporada de 2015 mostrou um fator que o afetou de maneira extremamente negativa, custando voos mais altos na Copa Sul-Americana e também no Apertura desse ano: A irregularidade.
Tecnicamente, se analisarmos o elenco da equipe paraguaia, os recursos existentes no alvinegro de Assunção são amplamente superiores, por exemplo, ao Independiente de Avellaneda, clube que o eliminou nas oitavas do torneio continental. Porém, quando se esperava uma sobreposição da boa fase que vivia o time na época, duas apagadas atuações (derrota por 1 a 0 na Argentina e empate sem gols no Defensores del Chaco) o deixaram de fora da competição.
Quando visualizamos o cenário do Apertura local, uma campanha repleta de empates o deixou estranhamente distante de equipes como Libertad e Guaraní que hoje, se observamos o fato de que são os mesmos elencos em todos os casos, ficaram a pelo menos duas vitórias do Decano.
Um elenco qualificado com atletas como Miguel Paniagua (que já despertou o interesse do Fluminense e Flamengo há tempos atrás), Alejandro Silva (desde a campanha belíssima de 2013 na Liberta sendo figura de destaque), Christian Riveros (boa passagem pelo Grêmio) e Pablo Zeballos (fez surpreendentes seis gols no fraquíssimo Botafogo de 2013) não pode se dar ao luxo de errar tanto em momentos tão importantes.
Hoje é sem sombra de dúvidas a equipe mais forte do Paraguai e tem condições de fazer boa campanha na Copa Libertadores de 2016. Mas é bom que os erros da atual temporada tenham ligado o “sinal de alerta” para a equipe olimpista. Do contrário…