Revelado pelo Vasco, brasileiro relembra amizade com Felipe Melo e carreira no Chipre

Foto: Divulgação Anorthosis

Dono de uma personalidade forte, Guilherme Santos, do Anorthosis, do Chipre, conversou com o Futebol Latino e falou sobre o começo da carreira, passagem no Vasco, amizade com Felipe Melo e a sua evolução no futebol. Confira abaixo o bate-papo e conheça um pouco mais do lateral-direito.

Futebol Latino: Como foi o seu início até chegar ao Vasco?

Guilherme Santos: Eu sou do interior da Bahia e sempre sonhei com a vida no futebol. Consegui uma oportunidade no Artesul, no Rio de Janeiro e depois de um tempo fui levado para fazer testes no Vasco. Lembro que participei de três avaliações e me destaquei em todas. A partir daí iniciei a minha trajetória em São Januário e fiquei na base por cinco anos.

FL: E como foi a sua passagem pelo time profissional?

GS: Na temporada 2007 fiz parte do elenco no Campeonato Brasileiro e me dei bem. Na época até fui questionado por algumas pessoas por ter ido embora em dezembro, mas precisava aproveitar a oportunidade de jogar na Espanha. Tenho um carinho muito grande pelo Vasco e sou muito grato ao clube.

FL: Conte um pouco sobre a trajetória no Almería.

GS: Eu cheguei em janeiro de 2008 e percebi um time muito forte. O presidente apostou no Felipe Melo, Diego Alves, Irinei, Negredo e outros atletas de muita qualidade. Nós terminamos a temporada em oitavo lugar e quase conseguimos uma vaga na Liga Europa, o que valorizou demais o elenco e o próprio clube.

FL: Como era o Felipe Melo na época do Almería?

GS: Ele é um grande amigo que tenho. Hoje, não conversamos muito, mas guardo com carinho os ensinamentos que o Felipe me passou assim que desembarquei na Europa. Fiquei por um tempo na casa dele e foi um verdadeiro pai. Nos identificamos muito desde o início por causa da mentalidade vencedora, o Felipe não gosta de perder de jeito nenhum e o considero um vencedor nato. Tudo o que conquistou na carreira não foi à toa e fico feliz por ele ter chegado a esse nível mundial.

FL: Quando você voltou ao Brasil em 2011 percebeu um abismo tático?

GS: Na Europa eles gostam de um time mais compacto e percebi que aqui no Brasil as equipes tinham essa deficiência, mas depois os técnicos foram se atualizando e hoje em dia posso dizer que estamos bem próximos ou iguais a eles. O jogador precisa ter qualidade técnica, mas não pode esquecer a parte tática, pois não pode deixar espaços para o adversário crescer em campo.

FL: Faça uma avaliação da sua temporada no Chipre.

GS: Não conquistamos nenhum título, porém, se olhar o lado individual eu gostei muito do meu desempenho. No total, eu joguei 32 partidas e conseguimos chegar até a semifinal da Copa Nacional.

FL: Vai permanecer no Chipre ou sonha com uma volta ao Brasil?

GS: Tenho mais um ano de contrato e agora não estou pensando no meu futuro. Eu quero curtir as férias ao lado da minha família e deixo nas mãos do meu empresário. Particularmente gostei muito da vida no Chipre e não teria problema nenhum em ficar por lá até o término do meu vínculo com o Anorthosis.

FL: Conte alguma história curiosa da sua carreira.

GS: Na época do Almería o pessoal viajava de traje social para os jogos. Em uma dessas viagens eu perdi a meia social preta e coloquei uma branca. O Felipe Melo e o Diego Alves viram o estilo e começaram a tirar um sarro da minha cara, que o clube tinha contratado um jogador, mas veio o Michael Jackson no meu lugar.

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