Campeão da Libertadores pelo Santos e um dos principais nomes do Guarani no acesso à Serie A em 2009, o zagueiro Bruno Aguiar, do Al-Muaither, conversou com a reportagem do Futebol Latino e contou como anda a vida no Catar e relembrou grandes momentos no futebol brasileiro. Confira o bate-papo abaixo:
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Chegada no Catar e o nível dos campeonatos
A adaptação foi tranquila. O país é seguro e não tive nenhum problema até o momento, estou muito feliz e a minha família também. Dentro de campo o nível do campeonato é mais baixo que o Brasileirão, mas os clubes investiram bastante e tem tudo para melhor a disputa nos próximos anos.
Estrutura para a Copa do Mundo 2022
Aqui realmente tudo é fantástico. Ainda tem cinco anos para a Copa, mas já tem estádio pronto. Eles prometem uma estrutura incrível e devem entregar tudo antes do tempo.
Curiosidade no Catar
Assim que eu cheguei aconteceu uma confraternização entre elenco, comissão técnica e diretoria. Aqui eles não usam garfo e faca para comer e isso me causou certa estranheza. Quando a comida chegou não tive coragem de pegar com a mão e o meu técnico resolveu ajudar, ele fez um bolinho e tentou me dar para comer, eu tive que dar o famoso migué, coloquei um pouco na boca e não comi mais.
Rotina de treinos no Catar
Nós fizemos uma pré-temporada muito parecida como a do Brasil, no quesito intensidade e preparação. Após o início do campeonato tudo mudou e atualmente é apenas um treino por dia e no máximo 1h30 de trabalho.
Passagem no Santos
Cheguei no Santos em 2010 e tive a oportunidade de trabalhar com aquele elenco fantástico. O Durval formava dupla com o Edu Dracena e aprendi muito com eles, uma das melhores experiências da minha carreira. Inclusive o Edu me ensinou muita coisa e o considero um verdadeiro líder. Ele foi um cara fantástico para comandar aquela garotada e me passou muitos ensinamentos que levo até hoje.
Neymar
Ele é fora de série. É um menino muito bom de grupo, brinca com todo mundo e sabe tudo de bola. É um gênio e tenho um grande orgulho de ter acompanhado de perto o início da carreira dele.
Guarani
Eu tenho um carinho muito especial por esse clube. Aquele acesso para a Série A em 2009 ficou guardado em minha memória e com toda certeza quero voltar a jogar pelo Bugre antes de encerrar a carreira.
