Maxi Salas se pronuncia após saída do Racing e detona diretoria

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Foto: Reprodução/Instagram @maxisalas11

Em caráter oficial, não existe mais vínculo entre o atacante Maxi Salas e o Racing. Afinal, o jogador fez parte de um ousado movimento de mercado do River Plate via pagamento de multa rescisória cotada em oito milhões de euros. Na cotação de momento, valor que equivale a R$ 52,1 milhões.

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Entretanto, diante do caráter polêmico da transação e das acusações vindas por parte da diretoria racinguista, Salas foi as redes sociais nesta sexta-feira (11) para abordar o assunto pela primeira vez. E o alvo, como esperado, foi a alta cúpula do agora ex-clube.

No que se refere ao torcedor e demais companheiros, Maxi Salas demonstrou muito carinho e gratidão aos feitos obtidos no curto espaço de tempo. A saber, desde o início de 2024, foram 70 jogos com 44 tentos, 11 assistências e as conquistas da Sul-Americana, no ano passado, e da Recopa, no início deste ano.

Porém, no trato especialmente com figuras como o presidente do Racing, Diego Milito, o jogador de 27 anos deixou claro sua insatisfação, principalmente, com a sensação de que não teve o reconhecimento financeiro devido.

Confira a publicação de Maxi Salas na íntegra

Hoje é minha vez de me expressar. Sei que há muita raiva, fúria, invenções e mentiras. Sempre me doei por essas cores. Fui responsável nos treinos, representei o clube da melhor maneira possível, dando tudo de mim, porque esse é o meu trabalho. Defendi as cores, junto com meus companheiros de equipe, o Prof. Costas e a comissão técnica, a quem agradeço e agradeço por terem confiado em mim, escolhendo-me para vir para o Racing.

Juntos, ganhamos a Copa Sul-Americana e a Recopa. Mas também sei de onde venho e pelo que passei. Desde muito jovem, trilhei meu próprio caminho, ninguém me deu nada de graça. Consegui isso com sacrifício e trabalho duro. Quando cheguei ao Racing, fiz isso de graça, dono dos meus direitos. O contrato que eu tinha, até hoje, é o mesmo que eu assinei na época e nunca me deram nada a mais, NUNCA.

Com a nova gerência, REPETIDAMENTE meu representante me procurou para pedir que meu salário fosse atualizado e eles lhe disseram “continue demonstrando”. Eles nunca quiseram aumentar um único peso e, para mim, isso também foi uma decepção, usando a mesma palavra que o presidente da Racing usou para qualificar a situação.

Nunca dei minha palavra a ninguém, nem minha mão. Quando o River me ligou (e para o Racing também), dias antes de viajar para o Paraguai, eles ainda não tinham melhorado meu contrato. Foi só então que eles perceberam que eu “existia”, e que seria complicado para eles, e me ofereceram um novo contrato quando já havia interesse do River. Sei que a culpa não é dos torcedores, mas a diretoria me fez sofrer todo esse tempo e deu informações falsas à imprensa sobre minha falta de palavra.

Decidi sair por dignidade, depois de meses de maus-tratos. Sempre fui direto, mas é mais fácil me responsabilizar por tudo do que mostrar a cara e admitir que eles estavam errados. Certamente, cometi muitos erros e peço desculpas, mas não fui o único responsável por essa história. Obrigado a todos os fãs que me apoiaram nos momentos bons e ruins.

Obrigado a Gustavo Costas e ao seu corpo técnico.

Obrigado aos colegas e funcionários do clube.

Maxi.

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