É um tempo glorioso. É tempo de Botafogo

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Foto: Marcelo Endelli/Getty Images

O dia 30 de novembro de 2024 está eternizado. Já estava, para o torcedor do Botafogo, antes mesmo da decisão da Libertadores acabar. Ou melhor, antes mesmo dela começar.

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Desde o princípio do século, dias marcantes para o Alvinegro eram de muita luta. Na maioria das vezes, com absoluta sinceridade, de luto. Por reveses doloridos, ambientes conturbados e ações atribuladas. A montagem, assim, de um combo que levou o Glorioso a se sentir cada vez mais inglório. E, por consequência, o seu torcedor mais desconfiado, desenganado.

O início

Entretanto, a luz surgiu. De um estrela solitária (e estrangeira) que despejou tanto investimento quando o revestimento de esperança. Aquela que, há tempos, havia abandonado o dicionário botafoguense. Ou, pelo menos, esteve absorta em incontáveis partidas não para viver, mas sobreviver. Assim como precisou quando, em 40 segundos, Gregore transformou a experiência inédita em angustia bem conhecida.

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Foto: Marcelo Endelli/Getty Images

O alívio

Na elite, na segunda divisão nacional, não importava o ambiente. A impressão era sempre de que tudo parecia que iria explodir a qualquer momento. E não era de alegria como, depois de tanto resistir, Luiz Henrique abrir o placar em Buenos Aires.

Fato que é a SAF se constituiu e construiu um elenco. Elenco esse que se moldou e se provou capaz de feitos há muito distantes de General Severiano. Liderança da Série A? A chance de sonhar? Um troféu do Brasileiro conquistar? Tudo esteve bem perto, mas apenas esteve. Assim como Luiz Henrique esteve atento para ganhar na corrida de Everson, Arana e sofrer o pênalti do gol de Alex Telles.

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Foto: Buda Mendes/Getty Images

Mas, assim como a subida de 2023 foi grande, a queda foi retumbante. Traumatizante. Quase tão absurda quanto Eduardo Vargas, o “gigante” de 1,74 m, aparecer sozinho e reacender a extensa galeria de medos do Botafogo. Vai acontecer tudo de novo? Como resistir ao sufoco? Como contornar esse transtorno?

Dessa vez, o bloco do Botafogo não foi vistoso, assombroso, avançado. Ele não só optou, mas se viu na necessidade de praticar a resiliência, paciência, insistência. Aquela mesmo que, em 2023, lhe faltou em uma reta final de Brasileiro que doeu. Feriu. Machucou. Mas passou.

O festejo

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Foto: Marcelo Endelli/Getty Images

Depois de tanto sofrer, o sábado reservou o outro lado da moeda: o de vencer. E o prêmio da eficiência veio com Junior Santos, o raio, apontando que ele não cairia duas, três, dez vezes no mesmo lugar. Chega de não entender. De não obter. Chegou a hora de permanecer. Permanecer firme, forte e com galhardia para acabar com a alegria dos rivais. Isso porque, agora, o Botafogo também é campeão de Libertadores.

Além da zoeira que caiu por terra, vários gritos libertadores ecoaram pelo mundo. Gritos que simbolizam um tempo glorioso. Ou melhor, um tempo de Botafogo.  

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