Análise FL: As migalhas de Avellaneda

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Foto: Reprodução/Taringa!

*Samuel Bonicontro – Colaborador do Futebol Latino

Se você é torcedor de um time campeão da Libertadores, provavelmente tem orgulho desta conquista. Agora imagine torcer para um time heptacampeão continental? É por esse orgulho que o Clube Atlético Independiente e sua torcida, tão infelizes no século XXI, têm esperança de dias melhores. O Rei de Copas, hoje é apenas um súdito no cenário futebolístico.

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Fundado em 1905, El Rojo tem no currículo 7 Libertadores, 1 Sul-Americana, 16 Campeonatos Argentinos…enfim! Se for para falar de todos os títulos, vamos escrever o dia inteiro aqui! Clube de ídolos como Ricardo Bochini, campeão das quatro Libertadores conquistadas em sequência pelo Diablo nos anos 70. Clube que deu ao próprio estádio o nome “Libertadores da América”, para expressar o êxtase de ser o maior vencedor do torneio.

Esse mesmo clube, não é campeão desde 2002 no torneio local, ganhou a Sul-Americana de 2010, deu sinais que voltaria a figurar entre os grandes, mas o título foi só uma exceção. O Independiente chegou a ser rebaixado nesta década, e hoje não passa de um coadjuvante. Como toda desgraça é pouca, o grande rival Racing voltou a ser campeão argentino em 2014, participa regularmente da Libertadores, e é favorito quando há clássicos em Avellaneda.

A história não morre. O respeito sempre prevalecerá. Atualmente, o time está há nove pontos do líder Boca Juniors, em um modesto nono lugar no campeonato argentino. Mas esses nove pontos de distância não são nada, perto da saudade que separa a realidade, dos dias de glória. O Independiente espera não depender mais do passado que já o libertou tanto, mas que hoje, o prende em um presente cruel e instável.

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