Na entrevista coletiva da Seleção Brasileira, nesta segunda-feira (25), o escolhido para falar foi alguém que conhece bem a Espanha: Vini Jr. Entretanto, não apenas do lado positivo, mas também a dura e covarde face do racismo.
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Além do Barcelona, Mastantuono interessa ao Real Madrid
Tamanho é o impacto da questão em sua vida que o atacante do Real Madrid admite sentimentos como frustração e solidão nas tentativas de combate que exerce. Ao ponto, aliás, de afetar diretamente em sua paixão pelo esporte:
“Tenho lutado bastante por tudo que tem acontecido comigo. É desgastante por estar meio sozinho. Já fiz tantas denúncias e ninguém é punido, nenhum clube é punido. A cada dia, luto por todos que passam por isso. Se fosse só por mim e pela família, não sei se continuaria. Mas fui escolhido para defender uma causa bem importante e que eu estudo a cada dia para que, no futuro, meu irmão de cinco anos não passe pelo que estou passando.”
Em busca do bem maior
“Cada vez estou mais triste, cada vez tenho menos vontade de jogar, mas vou seguir lutando. Hoje, tenho uma força grande dentro de mim, da minha casa, da minha família. Eles me apoiam em tudo o que vou fazer. Eu quero fazer com que as pessoas no mundo possam evoluir, melhorar. Que possamos ter igualdade, que, num futuro próximo, haja menos casos de racismo. Que as pessoas negras possam ter uma vida normal, como as outras”, acrescentou Vini Jr.
O amistoso da próxima terça, entre Brasil e Espanha, tem como um de seus propósitos disseminar a luta contra o preconceito racial. Por isso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) promove ações como a placa de seus anunciantes em tom predominantemente preto e com as seguintes inscrições: “Uma só pele. Uma só identidade”.