Emoção não faltou para o duelo que abriu a segunda rodada do quadrangular final no Pré-Olímpico. Paraguai e Argentina jogaram no Estádio Nacional Brígido Iriarte onde o marcador de 3 a 3 foi definido apenas aos 52 minutos do segundo tempo. Desse modo, o selecionado guaraní sustenta a ponta, com quatro pontos, enquanto a Argentina assumiu a vice-liderança, tendo duas unidades.
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Logo no segundo lance de ataque dos argentinos, aos três minutos, a Albiceleste conseguiu furar o sistema defensivo adversário em trama que atravessou da direita para a esquerda. Após cruzamento de Cristian Medina, Pablo Solari se infiltrou, livre de marcação, e tocou no contrapé do arqueiro Ángel González.
Os primeiros 15 minutos de partida, aliás, foram bastante caracterizados pela trocação de oportunidades interessantes de marcar tanto de argentinos como também de paraguaios. Nesse sentido, o 2 a 0 não veio graças a bloqueio providencial da zaga paraguaia. Do outro lado, problemas de pontaria fizeram as jogadas ofensivas da Albirroja serem frustradas na hora da finalização.
Na reta final do primeiro tempo, o duelo se desenhou com a Argentina buscando maior controle da posse. Contudo, sem ter a mesma agilidade e eficiência para chegar ao gol de González em poucos toques. Por sua vez, a equipe guaraní até conseguia rondar a área adversária, mas seguia pecando no último passe. Seja por erros próprios ou esbarrando na organizada recomposição de seu oponente.
Com isso, a igualdade do Paraguai precisou vir através de bola parada. Em falta perto da grande área, Diego Gómez bateu forte e contou com desvio nas costas de Santiago Castro que enganou Leandro Brey e estufou as redes.
Sobrou eficiência e emoção
Na volta do intervalo, o contexto da partida estava ‘travado’ apesar de, notoriamente, a chance mais aguda ter vindo por parte da Albiceleste. Em saída de velocidade, Thiago Almada deu um drible desconcertante na marcação e bateu cruzado, parando em defesa espetacular de Ángel González. E, se um dos lados não conseguiu aproveitar, o outro esbanjou eficiência em uma das poucas subidas ao ataque no tempo complementar. Gómez dominou de costas para a meta e deu excelente passe onde Alan Nuñez soltou o pé para superar Brey. 2 a 1 Paraguai aos 25 minutos.
Com esse resultado, o desenho do cenário se transformou na busca constante da Argentina pela igualdade enquanto a representação paraguaia tentava muito mais fechar suas linhas do que buscar maior dianteira. Entretanto, a estratégia mais recuada acabou sendo frustrada quando Gilberto Flores deu um despropositado carrinho dentro da área em Luciano Gondou, cometendo penalidade. Na cobrança, Almada não arriscou e mandou no meio do gol, tirando as chances de defesa para González.
Na reta final, a Albiceleste parecia melhor posicionada em relação a peças e postura em busca de transformar o duelo em uma heroica virada. Todavia, novamente, a eficiência falou mais alto no momento que justamente Thiago Almada perdeu a posse no ataque e abriu espaço para o letal contra-ataque do Paraguai. Com 45 minutos, Enso González saiu cara a cara com Leandro Brey e deu um qualificado toque por cima, balançando as redes.
Apesar do contexto extremamente desfavorável, em um notório espírito de persistência, a Argentina conseguiu arrancar, nos acréscimos, um valioso empate. Aos 52, um chute violento de fora da área e o rebote, com Federico Redondo, foram espetacularmente defendidos por Ángel González. Todavia, a bola voltou para Redondo que, dessa vez, mandou pras redes.
