O coordenador técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, fez críticas ao formato atual do calendário no futebol brasileiro em entrevista ao programa CNN Esportes S/A, veiculado pela emissora CNN.
Leia mais: Nos pênaltis, Boca Juniors tira Talleres da Copa Argentina
Internacional vence Colo-Colo e enfrenta Corinthians na Liberta Feminina
Para ele, tanto o aspecto da logística complexa pelas dimensões do Brasil como o alto desgaste físico nos atletas acabam prejudicando a qualidade do espetáculo. Frisando que, diante do cenário econômico atual, apenas alguns clubes possuem capacidade de terem jogadores suficientes no plantel para resistir a tamanho esforço.
“A CBF precisa melhorar bastante. O que os técnicos mais se queixam é do calendário. Vamos jogar 82 jogos em um ano, são três jogos em 10 dias. Isso reflete em contusões. O número de jogos agora é maior e as competições também são maiores. Tirando Palmeiras e Flamengo, os clubes brasileiros não têm dois times diferentes para mandar a campo. O treinador não tem tempo de treinar o time. Não dá para treinar, só recuperar os atletas. O treinador não consegue repetir o time várias vezes, e perde padrão de jogo e jogadas bonitas. O que eu gostaria de falar pra CBF é caprichar no calendário, porque detona os jogadores”, disse Muricy.
“Nós temos viagens longas, a diferença de temperatura de um lugar para outro. Eu entendo que a parte econômica pesa, mas os artistas, que são os jogadores, sofrem muito. Muitas viagens, treinos, longos períodos sem ver a família”, acrescentou.
Vivendo a reta final do calendário no futebol brasileiro, o São Paulo jogará na próxima quarta-feira (18), às 20h30 (de Brasília), diante do Goiás. A partida, válida pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, será realizada na Serrinha.
