Aos 31 anos de idade, Neymar está completando exatamente uma década desde sua chegada ao futebol europeu. Depois de brilhar pelo Santos, o jogador desembarcava na Espanha, na metade de 2013, para defender as cores do Barcelona. No Camp Nou, o camisa 10 da Seleção Brasileira viveu os melhores momentos da carreira, mas, em 2017, decidiu se transferir para o Paris Saint-Germain em busca de protagonismo.
Após cinco temporadas, é possível dizer que ele jamais alcançou na capital francesa o desempenho visto na Catalunha assim como o prestígio com os torcedores parisienses nunca foi unanimidade. De volta aos treinos com o PSG após se recuperar de lesão, Neymar vive, agora, a expectativa se continua no Parque dos Príncipes ou se será negociado com outro grande clube do Velho Continente.
Os franceses, aliás, passam por um momento de reformulação dentro e fora de campo visando, enfim, alcançar o título mais cobiçado da Europa: a Liga dos Campeões. Depois de bater na trave em 2019/2020, o PSG segue perseguindo a ‘orelhuda’. Porém, ao menos na visão de quem aposta online em jogos de futebol, o time é apenas o quinto favorito para conquistar a competição em 2023/2024, estando atrás de Manchester City (atual campeão), Bayern de Munique, Real Madrid e Barcelona.
Longe de ou em Paris, Neymar sabe que, para triunfar novamente nos maiores palcos do futebol, precisa retomar o futebol que já apresentou em temporadas anteriores. Com quase 15 anos de carreira profissional, ele pode buscar inspiração em cinco temporadas em que só faltou ‘fazer chover’ dentro de campo e encantou o mundo.
Temporada 2010 (Santos)
Promovido à equipe profissional do Peixe em 2009, Neymar explodiu já na temporada seguinte, com 18 anos. Ele formou um quarteto de ataque inesquecível ao lado de Paulo Henrique Ganso, Robinho e André e se tornou um dos maiores destaques do futebol brasileiro, tendo seu nome aclamado pelo público para ir à Copa do Mundo na África do Sul. Entretanto, o pedido não foi atendido pelo técnico Dunga.
Em 60 jogos disputados pelo Santos em 2010, o camisa 11 registrou sua segunda melhor marca de toda a carreira na somatória de gols (42) e assistências (15), totalizando 57 participações diretas em bolas na rede. Além disso, levantou as taças do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. No segundo deles, ainda terminou como artilheiro, com 11 tentos.
Temporada 2012 (Santos)
Premiado como Rei da América em 2011 e 2012, Neymar teve no ano do centenário do Peixe a melhor temporada de sua vida, com números impressionantes. Ele participou de 63 gols em 47 jogos, colocando 43 bolas na rede e dando 20 assistências. Não à toa, foi o artilheiro do Paulistão (20) e da Libertadores (8). Coletivamente, o craque comemorou o tricampeonato consecutivo no estadual e o título inédito da Recopa Sul-Americana.
Temporada 2014/2015 (Barcelona)
Neymar viveu, em 2014/15, sua temporada mais vencedora no Barcelona com a conquista da Tríplice Coroa: Campeonato Espanhol, Copa do Rei e Champions League. Individualmente, foi também o ano em que mais marcou gols pelo clube catalão (39). Um deles, aliás, o tento que garantiu o título europeu contra a Juventus, em Berlim. Ele deu, ainda, seis assistências para os seus companheiros.
Temporada 2016/2017 (Barcelona)
Apesar de só ter erguido uma taça (Copa do Rei), foi em 2016/2017 que o craque brasileiro viveu o auge na Espanha. Segundo ele próprio, aquela foi a sua melhor temporada no Barça, apesar de os números serem inferiores aos apresentados nas duas temporadas anteriores: foram 20 gols e 21 assistências em 45 jogos. Em 2015/2016, havia marcado 31 vezes e oferecido 22 passes decisivos em 49 partidas.
Talvez a melhor prova do seu protagonismo naquele ano seja a atuação contra o PSG, no jogo de volta das oitavas de final da Champions. Foram dois gols e uma assistência para Sergi Roberto, nos últimos sete minutos do confronto, dando a vitória ao Barcelona por 6 a 1 e garantindo uma classificação heroica e improvável depois de perder por 4 a 0, em Paris.
Temporada 2017/2018 (PSG)
Em seis temporadas pelo Paris Saint-Germain, Neymar tem uma média de participações em gols maior do que o número de vezes em que entrou em campo: 188 ações decisivas em 173 partidas. Coletivamente, o brasileiro quase conquistou a Champions em 2019/1020, mas foi na primeira temporada no Parque dos Príncipes que ele mais brilhou: foram 28 bolas na rede e 17 assistências em 30 exibições. A média de 0,93 gol por jogo é a melhor de sua carreira até hoje.