Mostrando grande poder de reação, o Nacional (Paraguai) está na segunda fase eliminatória da Libertadores. Diante do Huancayo, em confronto de volta pela primeira fase eliminatória da Libertadores, a equipe de Assunção venceu por 3 a 1 nesta terça-feira (14) e jogará, na próxima etapa eliminatória, diante do Sporting Cristal.
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Primeiro tempo
Apesar da declaração antes da partida dada pelo técnico Mifflin Bermúdez, o Nacional não hesitou em assumir o comando da partida e “espremer” a equipe peruana no seu campo defensivo. Não à toa, ainda nos primeiros minutos, Brizuela recebeu passe com absoluta liberdade dentro da área e acabou errando na hora de finalizar, desperdiçando enorme oportunidade.
A superioridade no volume de jogo era notória para os anfitriões assim como os inúmeros erros na saída de bola do Huancayo que, naturalmente, acabavam continuamente com a ideia de usar os contra-ataques como forma de “desafogar” a pressão.
Todavia, a ansiedade parecia tomar conta do clube de Assunção onde, na hora de dar o acabamento as jogadas, os comandados de Pedro Sarabia pecavam na precisão. Na melhor chance de mudar o panorama do confronto antes do intervalo para os guaranís, Brizuela novamente levou vantagem pelo lado direito do ataque e cruzou na direção de Ocampos. O zagueiro Colombo antecipou o avante e, na tentativa de fazer o corte na pequena área, viu a pelota carimbar o travessão do arqueiro Zamudio.
Se de um lado o aproveitamento era baixo, bastou uma chance de bola parada e o Huancayo deixou sua situação na eliminatória ainda mais confortável aos 38 minutos. Em falta próxima à meia-lua, o meio-campista Millán bateu com muita categoria, no ângulo esquerdo de Héctor Espínola que tocou na bola, mas não evitou o tento dos peruanos.
Segundo tempo
Por conta da forte chuva que caiu especialmente no primeiro tempo do duelo na capital paraguaia, o tempo de intervalo acabou sendo bem maior do que o previsto. Mais precisamente, de 46 minutos. Com as diversas poças se formando no gramado do Defensores del Chaco, os funcionários do estádio entraram em ação para deixarem o piso em melhores condições, auxiliando até mesmo com rodos o sistema de drenagem.
Quando a bola pôde rolar novamente, os visitantes pareciam mais interessados em ‘ganhar tempo’ após divididas e lances mais fortes na busca por enervar o adversário. Algo que, gradativamente, parecia ser efetivo diante da irritação do Nacional que precisava de ao menos dois tentos para levar a disputa rumo às penalidades.
Entretanto, quando os mandantes colocaram a cabeça no lugar e a bola no chão (ou melhor, no alto), as coisas mudaram de figura em Assunção. Aos 17 minutos, Ocampos viu a cobrança de escanteio sobrar na segunda trave e, com o toque de Alfaro, ficar na altura precisa para ele testar pro fundo das redes de Zamudio. Sete minutos depois, depois de nova batida de escanteio, a bola foi ajeitada pra trás e Mathias Martínez bateu de chapa, com o pé esquerdo, mandando no ângulo da meta peruana.
Em outro nível de confiança, o Nacional tentou manter o grau de intensidade para buscar a classificação ainda no tempo regulamentar, mas viu a equipe andina se retrair ainda mais e se segurar como podia para evitar maiores prejuízos. Porém, justamente no momento em que o Huancayo parecia segurar por mais tempo a pelota no plano ofensivo, o clube paraguaio usou de novo a bola aérea com o cruzamento mal afastado, a bola tocada pra trás teve Fleitas batendo forte, tirando do goleiro Zamudio e decretando a classificação do vice-campeão de Libertadores em 2014.
