Na manhã desta segunda-feira (7), o técnico Tite anunciou os 26 nomes que buscarão o hexacampeonato com a camisa da Seleção Brasileira no Qatar em lista que apresentou, dentro do grupo formatado nos últimos anos, poucos elementos que possam ser considerados como “surpresas”.
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Se colocarmos em caráter de constância, talvez os nomes que não estavam inicialmente elencados como atletas prováveis são Bruno Guimarães, Antony e Gabriel Martinelli, todos provenientes do futebol inglês.
Entretanto, a convocação que gerava questionamentos antes mesmo do anúncio da lista oficial e que se fortaleceu com a confirmação é do lateral-direito Daniel Alves. Nome esse, aliás, que era praticamente isento de questionamentos no ciclo da Copa do Mundo de 2018 na Rússia.
Apesar dos números históricos favorecerem o chamado do lateral de 39 anos de idade, a falta de atividade desde o mês de setembro é elemento que pesa bastante contra o jogador que irá para o seu quarto Mundial. Desde a temporada 2002/2003, Daniel Alves não fazia um número tão baixo de partidas tendo, naquela oportunidade, 10 compromissos pelo clube espanhol. No atual biênio, o jogador tem somente 12 jogos feitos com três assistências.
Na justificativa dada por Tite quando questionado sobre o tema, o apoio foi na questão da capacidade de construir jogadas e não, necessariamente, pensar de maneira prioritária na recomposição de espaços. Porém, diante do caráter de intensidade pregado no seu estilo de jogo, qual seria o impacto de ter um nome que chega à Copa do Mundo com tamanha lacuna de partidas disputadas nos últimos três meses.
É bem verdade que, no contexto geral, a formatação da lista de convocados traz poucas surpresas. Todavia, no seu ponto mais latente, a tendência é que os questionamentos sigam perdurando (e martelando) até o início da trajetória brasileira na Copa. Ou, dependendo do que ocorrer no Oriente Médio, até mesmo depois dela. Para o bem ou para o mal.
