Com a aproximação do início da Copa do Mundo que acontecerá no Qatar entre 20 de novembro e 18 de dezembro, os mais diferentes aspectos da principal competição de seleções do planeta passa a ser objeto de análise.
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Pensando na amplitude das avaliações que um evento tão grandioso permite, um estudo feito pela agência de comportamento Apoema registrou que 62% dos brasileiros vão torcer ou acompanhar os jogos da Seleção Brasileira na competição.
Além disso, o caráter de otimismo em relação ao título está bastante em alta, já que 71% dos entrevistados dizem acreditar que o Brasil vai conseguir o tão sonhado hexa.
Diante desses números, a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Angelita Devequi Rodrigues Traldi, entende que esse tipo de comportamento tem influência na tradição histórica da Seleção e também no desejo de pertencimento e união por parte do ser humano, dentro ou fora do contexto esportivo:
“Somos historicamente reconhecidos no mundo como o país do futebol e, por muito tempo, mesmo ainda hoje, é muito forte o sonho de muitos meninos brasileiros em ascender socialmente sendo jogadores. Além disso, o esporte é associado em nossa cultura a superação, um momento de união em que todos estão juntos por um mesmo objetivo. Como o ser humano é um ser essencialmente sociável, a competição acaba sendo como um evento de catarse coletiva.”
Até mesmo a questão do álbum de figurinhas sobre a Copa do Mundo foi ponto indicado pela psicóloga como reflexo do natural comportamento das pessoas em se sentirem como parte integrante de um grupo específico:
“É uma forma de pertencer a um grupo social. Nesse sentido, os álbuns de figurinhas do torneio são um exemplo de atividade coletiva que aproxima e une as pessoas em grupos de pertencimento.”