Chegando a última rodada com a necessidade de vencer o Cuiabá em casa e torcer por uma improvável vitória do River Plate-URU sobre o Racing, em Avellaneda, para avançar a Sul-Americana, o mundo do futebol “sorriu” ao Dominó. Isso porque, além de fazer sua parte ao bater o time brasileiro por 3 a 1, contou com o surpreendente triunfo por 1 a 0 dos uruguaios em pleno El Cilindro. Assim, quem passou de fase, no quesito do saldo de gols, foi o clube de Arequipa.
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Primeiro tempo
Apesar da necessidade do time peruano em vencer o compromisso pela chance de classificação, faltava a equipe da casa conseguir passes precisos no momento de “forçar” a jogada por dentro da marcação cuiabana. Algo que, naturalmente, fazia o Dourado resistir até com certa tranquilidade os perigos que seu oponente poderia proporcionar com exceção de batidas em média distância onde Pérez Guedes e Vidales não conseguiram acertar o alvo.
Por outro lado, nos raros momentos em que a equipe brasileira conseguia minimamente manter a posse no plano ofensivo, a pouca presença de alternativas deixou o poderio de ataque do Cuiabá pouco contundente, fazendo o arqueiro Cáceda ser um mero espectador na etapa inicial.
Mesmo sem ser amplamente insinuante, o fato de estar constantemente no campo de ataque proporcionava ao Dominó cada vez mais novas alternativas como, por exemplo, a bola aérea onde, em uma batida de escanteio, resultou na abertura do marcador aos 37. Em cobrança vinda do lado esquerdo, Pérez Guedes cabeceou e Archimbaud, tocando de calcanhar, tirou completamente João Carlos do lance.
Segundo tempo
Tão desejoso para ver o marcador do outro jogo da chave (Racing x River Plate-URU) se mover para os uruguaios, o Melgar acabou não tendo tempo de comemorar o tento marcador por Salaberry na Argentina. Isso porque o Cuiabá organizou bonita jogada onde Igor Carius fez as vezes de lateral-esquerdo, sua posição de origem, e cruzou para Gustavo Nescau igualar as coisas no Peru na segunda etapa. Mais precisamente, com 14 minutos.
Como efeito da altitude, o aspecto físico do time brasileiro começou a dar sinais de desgaste excessivo, fazendo com que o ambiente onde o Melgar precisava de mais um gol naquele momento para avançar as oitavas de final ainda mais tenso.
Tentando explorar os lados de campo usando a velocidade, notando o cansaço do adversário, o Dominó se atirou de todas as formas ao ataque e, com a entrada de nomes considerados titulares como Bernardo Cuesta e Bordacahar, os anfitriões ratificaram o triunfo. Em dois cruzamentos onde o camisa 9 saiu da grande área e fez o papel de “garçom”, o número 7 do Melgar testou para vencer João Carlos e concretizou o 3 a 1 no marcador.