Em partida que ganhou muita emoção no segundo tempo, o Tolima venceu o América-MG por 3 a 2 na noite desta quarta-feira (27) pelo confronto da terceira rodada no Grupo D da Libertadores. Dessa forma, o marcador no Estádio Independência deixou o time de Ibagué na terceira posição do Grupo D com quatro unidades (Del Valle e Atlético-MG tem cinco) enquanto o Coelho ocupa a lanterna com apenas um ponto.
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Primeiro tempo
A etapa inicial foi quase inexistente no aspecto de chances claras de gol, em muito, por conta do alto número de decisões erradas que eram tomadas por ambos os sistemas ofensivos. Seja na movimentação como também na execução até mesmo de passes curtos.
Do lado do América, a equipe de Vagner Mancini esboçava seus melhores lances tentando usar a velocidade de nomes como Paulinho Boia e Felipe Azevedo, mas faltava maior aproximação e precisão na hora de montar as linhas de passe e envolver a marcação colombiana.
Por sua vez, o Tolima buscava trabalhar a maior posse de bola além de se aproveitar de momentos pontuais onde conseguia subir suas linhas de marcação e forçar o erro na saída de bola americana. Porém, sem a devida organização tanto na hora de diminuir os espaços como na construção de jogadas.
Mesmo com todos os problemas, foi do Coelho, de longe, a melhor oportunidade do primeiro tempo em lance que beirou o inacreditável. Depois de bola lançada em velocidade para a infiltração de Juninho, o meio-campista chapelou Alexander Domínguez e, na hora de concluir, bateu para o corte em cima da linha feito pelo lateral-esquerdo Junior Hernández.
Segundo tempo
Depois de passar as fases anteriores sos grupos e a estreia sem conseguir balançar as redes no Independência, com sete minutos da etapa complementar o tabu, enfim, foi quebrado. Com boa trama do lado esquerdo onde Mateusinho tocou para Paulinho Boia, o camisa 47 desconcertou seu mercador e cruzou forte, rasteiro, onde Pedrinho bateu de chapa, pro fundo das redes de Domínguez.
Tendo a necessidade de buscar o resultado, aos poucos o time visitante foi se tornando presente no plano ofensivo de forma que ainda não havia conseguido com o marcador zerado, passando a ser uma ameaça crescente a meta de Jailson. O único problema se dava por conta da partida em velocidade onde, constantemente, nomes como Luis Miranda e Gustavo Ramírez apareciam em posição de impedimento. E, quando a bola lançada acertou o tempo, Anderson Plata saiu em disparada pelo lado esquerdo após bola enfiada por Rovira, cortou pro meio e bateu rasteiro, por baixo do goleiro americano, forçando a igualdade no marcador aos 20 minutos.
O gol manteve o caráter de confiança do time colombiano que, diferente do América-MG, não baixou suas linhas e seguiu frequentando o plano ofensivo enquanto a equipe anfitriã buscava escapar desse caráter de pressão. E, por ironia do destino, no seu momento mais complicado, o contra-ataque do Coelho funcionou para, através de uma “colaboração especial”, voltar a dianteira em Belo Horizonte aos 31. Depois de bola onde Índio Ramírez entrou com espaço na grande área e fintou dois marcadores, Hernández tentou cortar por baixo, mas acabou tocando contra a própria meta.
Se mantendo persistente, o Tolima lançou-se novamente ao ataque e conseguiu não apenas empatar como também virar o confronto em um intervalo de oito minutos. Aos 41, após bola no travessão que foi novamente mandada para a grande área, Caicedo ajeitou e Quiñónes completou pras redes, deixando tudo igual. E, já aos 49 minutos, Plata novamente apareceu na base da velocidade e, depois do chute, contou com o desvio de João Paulo que tirou Jailson do lance e decretou uma heroica virada colombiana.
