A pouco menos de nove meses para ocorrer a primeira partida da Copa do Mundo no Qatar, uma profissional que trabalhava como economista no Comitê Organizador da competição viu uma denúncia e abuso sexual se transformar em uma condenação por adultério no país do Oriente Médio.
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Em caso ocorreu em junho do ano passado, mas que ganhou a mídia internacional apenas no início desta semana, a mexicana Paola Schietekat foi agredida sexual enquanto estava em seu apartamento na cidade de Doha, capital catari. Logo no dia seguinte, acompanhada de um cônsul do México no país, Paola fez a denúncia que, ao invés de trazer alento, transformou completamente sua vida.
Isso porque, no momento em que precisou ser confrontada com o autor do abuso, a alegação do acusado foi de que ambos tinham um relacionamento amoroso, algo que configuraria crime de adultério na legislação local e que, na sequência, resultou em condenação a até vítima no caso. A pena foi fixada em 100 chibatadas além de sete anos de prisão.
A sentença só não precisou ser cumprida pela economista de 27 anos de idade por conta de uma intervenção do Comitê Organizador da Copa do Mundo no caso, conseguindo a posterior saída do país para Paola Schietekat.
Apesar do fato de caráter traumático, existe aparentemente o desejo da profissional em retomar suas atividades no Qatar. Pelo menos, foi nesse tom que caminhou a declaração de Marcelo Ebrard, Secretário de Relações Exteriores do México. Além de ter afirmado que se encontrou com Paola, ele apontou que será feita a tentativa de uma intervenção diplomática para que a economista possa retornar ao Qatar sem risco de condenação e também a retomada de sua função no Comitê.