Em conteúdo publicado no seu blog do portal ge, o jornalista e comentarista Paulo Vinícius Coelho falou com o ex-técnico do Santos, Jesualdo Ferreira, sobre a constante procura por profissionais lusitanos para trabalhar no futebol brasileiro.
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E, na sua avaliação, o grande problema enxergado na sua estadia mesmo que curta no cenário do país (foram apenas 15 partidas comandando o Peixe em 2020) é a “comodidade” da atual estrutura existente no que se refere ao fluxo de trabalho e responsabilização em possíveis momentos ruins.
Além disso, Jesualdo fez questão de frisar que não concorda com um certo preconceito existente sobre a imagem de atleta indisciplinado e pouco dedicado para com os jogadores brasileiros:
“Trabalhei com jogadores brasileiros por quarenta anos. Conheço o futebol do Brasil também por isso. Diziam-me que o jogador do Brasil não é sério. Mentira! É sério! Deem a ele um compromisso. Ele cumpre e é sério.”
“As estruturas do futebol brasileiro estão acomodadas. Não os técnicos. As estruturas. Pense em um jogador. Ele sabe que se as coisas não vão bem, se a equipe não estiver jogando bem, o treinador vai sair em seis ou sete jogos. Sabe que é assim. Acomoda-se. A imprensa sabe que é assim, os dirigentes também. As estruturas estão acomodadas”, agregou.