*Por Rodrigo Sturaro
Pouco mais de seis anos se passaram do episódio que tirou o atacante paraguaio Salvador Cabañas dos gramados e quase terminou em uma tragédia ainda maior, já que o ex-jogador por pouco não morreu com o tiro levado na cabeça.
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Cabañas, assim como a grande maioria das pessoas, poderia nutrir um sentimento de vingança contra o narcotraficante José Jorge Garza, que quase tirou sua vida, entretanto o paraguaio tem uma outra visão do episódio e diz ter perdoado o atirador.
“Não há outra forma de viver em paz a não ser perdoando ele, algo que fiz há muito tempo. Se eu vivesse pensando em vingança todos os dias eu não conseguiria ser feliz. Na verdade acabei tendo mais culpa do que meu agressor, já que como eu era um jogador de elite não deveria estar em uma discoteca às 5h da manhã. Até hoje me pergunto por que fiz isso”, disse Cabañas ao jornal paraguaio ABC.
Após a cirurgia de alto risco, que não conseguiu tirar a bala alojada na cabeça do paraguaio, o ex-jogador teve que passar por três meses intensos de reabilitação e foi exatamente neste momento que veio a maior decepção de sua vida.
“Sacaram da minha conta US$ 12 milhões (cerca de R$ 39 milhões). Tiraram de mim uma mansão em Assunção e outras duas casas que eu tinha em Acapulco e Cancún. Além disso, me roubaram várias joias valiosas. Para ser sincero, doeu mais ser roubado por gente que me amava do que o tiro que levei na cabeça”, afirmou Cabañas, que atualmente gerencia um complexo esportivo na sua cidade e trabalha como treinador em um clube da quarta divisão.