*Por Mariana Pereira – Colaboradora do Futebol Latino
Um time que nunca havia perdido jogando em casa contra outro que nunca saiu derrotado na condição de visitante – em ambos os casos, na fase de grupos. Foi isto o que recebeu o estádio Defensores del Chaco na noite desta quinta-feira (28) pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores da América. Na partida entre Cerro Porteño e Boca Juniors, melhor para os visitantes na vitória de 2 a 1.
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A equipe paraguaia contou com um bom público em Assunção, mas não conseguiu conter a força dos argentinos. Na fase de grupos, o Cerro Porteño passou em segundo lugar do Grupo 8, com 10 pontos e o Boca Juniors foi o líder do Grupo 3, com 12 pontos.
Após escanteio, Santana arriscou chute fora da área, mas a bola sofreu desvio e mesmo assim passou perto da trave de Orión. Em seguida, aos 11 minutos o Boca teve uma falta perigosa na entrada da área e Pavón bateu em cima da barreira.
Depois de alguns minutos chatos, sem nenhum dos times conseguindo chegar ao campo adversário, aos 22 minutos o Boca armou contra-ataque pela direita, mas após cruzamento de Pavón, Meli teve seu chute travado. Na cobrança de escanteio, Insaurralde sozinho cabeceou para fora.
Novamente com Pavón, uma boa chance. O camisa 8 avançou na área e chutou mascado, para a defesa de Silva. Mas efetivo mesmo foi Carlito Tévez. O Argentino recebeu cruzamento da direita aos 28 minutos e no meio de dois marcadores cabeceou para dentro do gol, sem chances alguma para o goleiro paraguaio.
Com o gol sofrido, o técnico César Farias mudou. Saiu Santana para a entrada do atacante Luís Leal. Porém, o Boca assustou novamente. Aos 36 minutos, falta cobrada chegou aos pés de Meli, que sozinho disputou a bola com Silva e saiu perdendo.
Em resposta, Beltrán matou no peito, girou e chutou forte. A bola passou colada no travessão do Boca Juniors. Em seguida, foi a vez de Rojas chutar e obrigar a defesa de Orión.
O segundo tempo começou quente. O Cerro reclamou de um pênalti alegando mão de um jogador do Boca, os argentinos chegaram com Lodeiro, que não aproveitou o espaço e facilitou para o goleiro e Luís Leal apareceu sozinho para cabecear nas mãos de Orion.
Aos sete minutos, Dominguez pôs efeito na bola, que passou beirando a trave esquerda argentina. De tanto pressionar, o Cerro conseguiu um pênalti. Domínguez foi derrubado e ele mesmo efetuou a cobrança, que parou nas mãos de Orión.
Como quem não faz toma, aos 14 minutos, Lodeiro ampliou a vantagem para o Boca. O camisa 14 recebeu de Tévez e empurrou para dentro do gol. Mas os paraguaios seguiram pressionando e exigindo de Orión. Luís cabeceou com força e o goleiro saltou para pegar.
Aos 24 minutos, o Boca mudou: saiu Peruzzi e entrou Tobio. Em seguida, Meli recebeu o primeiro cartão amarelo do jogo ao parar o contra-ataque. César Farias também decidiu mudar e colocou Sergio Díaz no lugar de Riveros.
Já que o jogo é de Libertadores, estava faltando um lance bruto. Jorge Rojas, aos 34 minutos, foi o protagonista ao dar um chutão em um atleta argentino. Resultado: cartão amarelo. Na sequência, outro pênalti para o Cerro.
Aos 37 minutos, Domínguez – sempre ele – entrou na área driblando e foi derrubado. Desta vez, o camisa 7 não teve dúvidas e com direito a cavadinha pois a bola para dentro. O Cerro continuou pressionando, mas sem efetividade e com o Boca bem fechado, não teve tempo para mais nada.
O jogo de volta entre os dois times está marcado para a próxima quinta-feira (05), às 21h45. Na temida La Bombonera, cabe ao Cerro Porteño vencer por mais de dois gols de diferença e o Boca Juniors pode até empatar em 1 a 1 que garante a classificação.
