Na Seleção Brasileira, a situação onde a equipe depende do atacante Neymar para ser o principal jogador e elemento de destaque na Seleção Brasileira, o meia-atacante Miller Bolãnos acaba naturalmente pela sua capacidade tendo exatamente o mesmo papel atuando pela equipe do Emelec.
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E não é de hoje, já que o camisa 10 da equipe de Guaiaquil chegou em 2013 aos Elétricos e, desde então, o time vive uma total e absoluta situação de glória quando o assunto são títulos nacionais, já que nos dois anos foram duas conquistas.
Com um esquema que aproveita muito bem as peças que, em sua grande maioria, fazem parte do atual sucesso de Gustavo Quinteros na seleção equatoriana, os atletas que eram justamente comandados por Quinteros no Emelec e atualmente são dirigidos por Omar de Felippo tem em Bolaños o complemento ideal para a maneira veloz e inteligente de se posicionar em campo.
Mas parece que esse “complemento” tem tomado cada vez mais um papel indispensável e, até certo ponto, preocupante para um time que disputará pela terceira vez consecutiva a Taça Libertadores.
Não é apenas pelo fato de haver apenas um jogador desse nível em todo o elenco, até porque sabemos da dificuldade que é encontrar um jogador dessa condição técnica, ainda mais quando a condição financeira não é nada páreo com o absurdo poderio europeu, asiático etc.
O ponto que pode ser muito mais perigoso para que o Emelec tenha essa situação que pode ser classificada como uma “Bolañosdependência” é a inconstância emocional que vive o jogador no sentido de que, quando acoçado, acaba com facilidade perdendo a cabeça em momentos importantes.
Além de não conseguir desempenhar seu futebol de muita habilidade, arrancadas e precisão nas finalizações quando está instável, acaba invariavelmente sendo expulso e, com isso, complicando duplamente a vida de seu time.
Dois grandes exemplos que se pode aplicar como foi pesada a ausência de Bolaños para os demais: O clássico contra o Barcelona de Guaiaquil pela 10a rodada onde, somente pelo fato do time adversário ter também um jogador expulso (Tito Valencia), a equipe se salvou de um revés e na rodada do fim de semana onde, precisando jogar bem e vencer seu compromisso diante do já rebaixado Deportivo Quito, sofreu demais para vencer por um bem modesto 1 a 0.
Como um todo o time do Emelec é bem arrumado, consegue se impôr e tem boas possibilidades de fazer boa campanha na Liberta de 2016. Mas precisa ficar mais atento a esse fenômeno para que, numa eventualidade, ele não tenha efeitos tão negativos.
